Marley & Eu. Foto de divulgação do filme.
Quando a conheci, minha mulher tinha um Golden Retriever de três anos, o Reef. Ela diz que quando me contou isso, na noite em que nos conhecemos, meus olhos brilharam. Eu brinco dizendo que me apaixonei por ela graças ao cachorro.
Com o Reef, que já está com seis anos, aproveitei a nova chance e sou um “pai” muito melhor do que fui quando tive outro Golden, o Luke.
Eu - e a torcida do Flamengo que tem cachorro - fomos assistir a “Marley & Eu”, a versão cinematográfica do best-seller de John Grogan. Nas duas primeiras semanas em cartaz nos EUA, o filme já faturou US$ 100 milhões.
O filme, assim como o livro, é uma delícia, narrando as estripulias do labrador e sua família. E, claro, chora-se muito, já que Marley morre ao final. Não, não estou estragando a surpresa, contando o fim. Todo mundo já sabe o que acontece, o filme é fiel ao livro, com a vantagem de ter ótima trilha sonora (A cena dos cachorros na praia, ao som de “Lucky Man”, do The Verve, é linda!). E sim, obviamente, o nome é uma homenagem ao Reggae Man, Bob Marley.
Eu fiquei meio balançado, a garganta deu nó, entraram uns ciscos nos meus olhos e coisa e tal. Minha mulher chorou rios e quando chegou em casa apertou o Reef, como nunca. Mas o que mais mexeu comigo foi a formação da família. Como disse a personagem de Jennifer Aniston, “a família já estava formada antes dos filhos nascerem”, quando eram apenas ela, o marido e Marley.
Eu sou um pequeno burguês, com sonhos classe média. Eu quero mesmo viver do que escrevo, quero continuar casado e amando a minha mulher, quero ter filhos com cara de que são criados à base de Corn Flakes, e que vão dar um trabalho da porra, quero os estresses do cotidiano, as fraldas, os choros, as zoeiras, as noites mal dormidas, as preocupações, as risadas, as pizzas de domingo, quero ter uma casa legal, quero ter o Reef no quintal e correndo pela casa, me acordando cedo todas as manhãs como faz hoje, querendo brincar e passear.
Só quem tem cachorro sabe que ele se torna membro da família. Não sou como um certo ex-ministro que disse que sua cadela era “uma pessoa como outra qualquer”. Cachorro é cachorro e gente é gente, e os desiguais devem ser tratados de modo diferente. Mas cachorro vira uma espécie de filho e o dono fica, invariavelmente, ridículo, bobo, babão. Eu incluso, claro. Cachorro destrói coisas, enche a casa de pelos, dá trabalho e despesa. Quando você percebe, ele fez você mudar a sua forma de enxergar muitas coisas.
No filme, John diz sobre Marley, que o cão o ensinou a ser mais simples, ingênuo e verdadeiro. Que basta dar seu coração a um cachorro e ele fará o mesmo por você. Cães amam seus donos incondicionalmente. E de quantas pessoas você pode dizer isso? Quantas pessoas te tornam melhor?
Com o Reef, que já está com seis anos, aproveitei a nova chance e sou um “pai” muito melhor do que fui quando tive outro Golden, o Luke.
Eu - e a torcida do Flamengo que tem cachorro - fomos assistir a “Marley & Eu”, a versão cinematográfica do best-seller de John Grogan. Nas duas primeiras semanas em cartaz nos EUA, o filme já faturou US$ 100 milhões.
O filme, assim como o livro, é uma delícia, narrando as estripulias do labrador e sua família. E, claro, chora-se muito, já que Marley morre ao final. Não, não estou estragando a surpresa, contando o fim. Todo mundo já sabe o que acontece, o filme é fiel ao livro, com a vantagem de ter ótima trilha sonora (A cena dos cachorros na praia, ao som de “Lucky Man”, do The Verve, é linda!). E sim, obviamente, o nome é uma homenagem ao Reggae Man, Bob Marley.
Eu fiquei meio balançado, a garganta deu nó, entraram uns ciscos nos meus olhos e coisa e tal. Minha mulher chorou rios e quando chegou em casa apertou o Reef, como nunca. Mas o que mais mexeu comigo foi a formação da família. Como disse a personagem de Jennifer Aniston, “a família já estava formada antes dos filhos nascerem”, quando eram apenas ela, o marido e Marley.
Eu sou um pequeno burguês, com sonhos classe média. Eu quero mesmo viver do que escrevo, quero continuar casado e amando a minha mulher, quero ter filhos com cara de que são criados à base de Corn Flakes, e que vão dar um trabalho da porra, quero os estresses do cotidiano, as fraldas, os choros, as zoeiras, as noites mal dormidas, as preocupações, as risadas, as pizzas de domingo, quero ter uma casa legal, quero ter o Reef no quintal e correndo pela casa, me acordando cedo todas as manhãs como faz hoje, querendo brincar e passear.
Só quem tem cachorro sabe que ele se torna membro da família. Não sou como um certo ex-ministro que disse que sua cadela era “uma pessoa como outra qualquer”. Cachorro é cachorro e gente é gente, e os desiguais devem ser tratados de modo diferente. Mas cachorro vira uma espécie de filho e o dono fica, invariavelmente, ridículo, bobo, babão. Eu incluso, claro. Cachorro destrói coisas, enche a casa de pelos, dá trabalho e despesa. Quando você percebe, ele fez você mudar a sua forma de enxergar muitas coisas.
No filme, John diz sobre Marley, que o cão o ensinou a ser mais simples, ingênuo e verdadeiro. Que basta dar seu coração a um cachorro e ele fará o mesmo por você. Cães amam seus donos incondicionalmente. E de quantas pessoas você pode dizer isso? Quantas pessoas te tornam melhor?
3 comentários:
Assim como você também tive a mesma reação, nó na garganta, uma vontade de chorar! rsrsr
Quem não identificou as brincadeiras que seu próprio cão faz. Mas é isso Marley & Eu é um filme sobre a família.
Poxa...eu não sabia o final do filme, não li o livro :(
O livro é sensacional mesmo. Um dos melhores que li nos ultimos tempos. Espero coisas boas do filme também.
Adorei o blog! Muito bem escrito.
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