domingo, 4 de janeiro de 2009

Sir Macca

Foto de Divulgação. Fonte: seatwave.com
Creio não ser possível compreender o século XX sem entender o Rock’n’Roll como fenômeno musical e, principalmente, social. (Recomendo, inclusive, a leitura de “Rock and Roll – Uma História Social”, de Paul Friedlander, Editora Record, 2003). E não é possível entender o Rock sem conhecer os Beatles.

Preciso dizer que os Beatles, embora sejam, de longe, a banda mais influente da história, não são a minha favorita. Eu prefiro os Rolling Stones. E se o Rock fosse uma só pessoa, para mim, ele seria Keith Richards. Mas isso é mera questão de gosto.

Eu estava zapeando e parei na transmissão do EMA (English Music Awards) pela MTV, direto de Liverpool. E então Bono, do U2, foi ao palco para entregar o prêmio Ultimate Legend.

Bono, em seu longo discurso, rasgou a maior seda para Paul McCartney, o premiado. É preciso dizer que também Paul não é meu Beatle favorito. Eu preferia John. Mas Bono deu a real dimensão aos fatos.

Disse Bono: “Ser convidado a vir a Liverpool entregar um prêmio para Paul McCartney é como perguntar a um padre católico se ele não se importa em ir a Roma, entregar um prêmio a São Pedro”. (...) “Para quem, como eu, vive do Rock’n’Roll, este homem inventou o meu trabalho” (...) “Vocês o chamam de Sir, mas eu o chamo de Lord” (...) “Eu e todos os outros artistas que estamos aqui cremos e tememos que daqui a 200, 300 anos, estejamos esquecidos. Mas uma pessoa que está aqui esta noite pode ter a certeza de que suas canções entraram para a História e serão ouvidas para sempre. Ele é como Beethoven. Ele é Sir Paul McCartney”.

Bono acertou. Em muito menos tempo, os artistas bem-sucedidos de hoje terão virado pó. Mas os Beatles são eternos.

Sem muito mais a dizer, Paul agradeceu o prêmio, o discurso de Bono, aos fãs, a seus pais que o fizeram nascer em Liverpool, e a George, Ringo e John, porque sem eles...

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