sexta-feira, 30 de abril de 2010

Influências

Esbarrei numa esquina da Voluntários da Pátria com uma freira gorda e duas adolescentes bonitinhas, por volta dos 17 anos.


Nessa idade crítica, tive que alertá-las sobre as influências negativas que as más companhias podem exercer.

Quando eu tinha a idade delas e estudava em colégio católico, o irmão me chamou à sala da Coordenação para dizer que eu era uma influência negativa para meus colegas de turma.

Foi um dos reconhecimentos que me deixou mais orgulhoso até hoje.

domingo, 25 de abril de 2010

Play Moby

Moby em show no Rio, 24/4/2010. Foto: Leandro Wirz


O nome da turnê de Moby é “Wait for me”, referência ao seu mais recente trabalho. O nome revelou-se também muito apropriado, não pelos cinco anos que separaram esta da sua última passagem pelo Brasil, mas pelo atraso. Moby pisou o palco do Citibank Hall no Rio 1h50 depois do horário marcado, quando a platéia já manifestava irritação.


Cinema começa no horário, teatro começa no horário, dança começa no horário, porque em shows alguns artistas têm que bancar a prima donna e desrespeitar o público?!

Felizmente, enquanto o Seu Moby não vinha, dava para me distrair com a fauna local, bem mais interessante do que no show do Simply Red, na noite anterior. Muita gente bonita, descolada e com estilo em todas as configurações possíveis de casais. Faixa etária dos 28 aos 45 anos. Baladinha bacana de balzacos.

Ao show: em suma, puta show!!! Moby optou por fazer uma apresentação na linha the best of e não calcada no último álbum. Ou seja, “Everytime you touch me”, “Bodyrock”, “Honey”, “Porcelain”, “Southside”, “We are all made of stars” “Lift me up” (no segundo bis), etc.

A sempre comovente “Why does my heart feel so bad?” foi gentilmente dedicada às vítimas das enchentes no Rio. E depois de anunciar a “sexy slow song”, Moby mandou a vigorosa “Flower”, da trilha do filme “60 Seconds”. “Disco Lies” veio em meio a uma sequência de três canções disco, porque “today is Saturday night”.

No quesito covers, as escolhas foram ótimas: “Rain of fire”, de Johnny Cash, ligeiramente prejudicada por uma bossa nova beat no final; e “Whola lotta love”, do Led Zeppelin no primeiro bis. Falta mesmo eu só senti de “Slipping away”, do álbum “Hotel”, que adoro no original e mais ainda na versão dueto em espanhol (“Escapar”) com Amaral.

Além de Moby (voz, guitarra e percussão), o único homem é o baterista, também de cabeça raspada como ele. A banda é compacta, com violinista, baixista (gaúcha, tchê), e tecladista e cantora que em alguns números invertiam as posições. A principal vocalista, meu Deus, um assombro! Extraordinária!

O show durou 1h45, quase o mesmo tempo do atraso. Valeu (e muito) a espera, mas o show só não leva nota 10 por conta dessa falta de educação inicial.

sábado, 24 de abril de 2010

I'll keep holding on


Quando ouvi pela primeira vez a voz de Mick Hucknall, fiquei surpreso por aquela estupenda voz de negra gorda do Harlem cantando soul vir de um inglês branquelo ruivo. Isso foi na segunda metade da década de 1980 quando o Simply Red estourou com “Holding back the years”.

Assisti a um show do grupo na edição do Hollywood Rock de 1988. Showzaço. De forma que ontem fui para o bis, conferir o show da “Farewell Tour”, que marca o encerramento das atividades do projeto Simply Red. Digo isso porque, embora tenha esse nome pessoa jurídica, o Simplesmente Vermelho é o ruivo Hucknall. Os demais são banda de apoio, rodiziada de tempos em tempos.

De algum modo eu e o público que lotou o Citibank Hall estávamos “holding back the years”. A platéia variava entre os 35 e os 55 anos, ou seja, gente que envelheceu com a banda.

E muitos perderam a noção ao longo dos anos. Duas mulheres estavam de vestido longo, tipo casamento. Noutro extremo, um cara de bermuda esportiva e camisa de time. Não de um Milan, ou Bayern ou Manchester. Sequer do Flamengo. Mas do time dele de pelada com os amigos. Mas o pior foi um cara passando fio dental nos dentes com a boca escancarada. Não vou nem entrar no mérito da falta de educação e do compartilhamento indesejável de intimidade. Fico imaginando o que passa na cabeça de um sujeito que vai a um show e leva fio dental...

Bem, ao que interessa: o show. A voz de Hucknall não sofreu o desgaste dos anos e continua negra e linda como sempre. Ao vivo, é tão boa quanto nas gravações. Banda ótima, com destaque para os instrumentos de sopro, e o guitarrista japa Andy Suzuki, que matou a mulherada de inveja com a longa cabeleira super lisa, sem chapinhas e escovas.

O início foi meio morno, até que “in the middle of the night, when the time is right, so sexily right”, Hucknall, consciente da força do repertório, anuncia que “now is the time, you know all these songs” e começa o festival de antigos hits com “For your babies”, do álbum “Stars”.

Daí até o final, foi só festa, com corinhos, braços e câmeras levantados (quando, no passado, eram isqueiros). Foram dois bis e o fechamento com “If you don’t know me by now”. Depois de 25 anos na estrada, pode-se, sem dúvida dizer que Hucknall e seu público se conhecem muito bem e deram um ao outro ótimos momentos.

Senti falta apenas de “Everytime we say goodbye”. Porque é fato que a cada vez que dizemos adeus, “I die a little”.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Jason pega metrô

No metrô cheio de gente suada com desodorante vencido, a menina de vestido xadrez e cabelo cor de rosa encontra o namorado de cabelo roxo e camiseta laranja, logo ali ao lado do cara de tênis iate amarelo que está junto ao de calça branca e tênis verde com óculos de armação quadriculada e da garota que usa esmalte fluorescente, cor da moda nesta estação.


Em meio a essa paleta de cores da juventude, meu olhar se detém no serial killer que se anuncia nos dizeres da camiseta que, por psicopatia, ignorância ou mau gosto, ele veste: “I’m smiling ‘cause they haven’t found the bodies yet...”

quarta-feira, 21 de abril de 2010

I love Bsb

Hoje, Brasília completa 50 anos, infelizmente imersa na lama da corrupção. Mas eu não vou falar da política que mancha a reputação da cidade (“Sou de Brasília, mas sou inocente”, escreveu o poeta Nicolas Behr). Também não vou falar do projeto visionário, e dos gastos faraônicos para sua construção, nem de Juscelino, Niemeyer ou Lúcio Costa.


Vou falar mais baixo. Vou falar apenas da minha relação com a cidade. Morei em Brasília de junho de 1999 a outubro de 2006, anos em que vivi muito intensamente. Tive enormes alegrias e imensas tristezas.

Permaneço um carioca apaixonado por Brasília. E quer saber por quê? A redoma de céu azul, a amplitude, o clima ameno, o pôr-do-sol na seca, os prédios baixos, as entrequadras, as comerciais, a salada de gente de todo lugar do Brasil, o hábito de frequentar a casa uns dos outros, a mistura de ares provincianos e cosmopolitas, o trânsito ainda fácil se comparado ao Rio ou a São Paulo, as ruas pouco esburacadas, os bares, os restaurantes, o Lago, o silêncio, as árvores, o cheiro da terra vermelha e uma lista que se estica em um longo etc.

Claro que Brasília também tem defeitos, problemas, mazelas e que é uma ilha da fantasia com um bolsão de miséria crescendo ao redor. Mas hoje não é dia de falar desses problemas. Hoje, pra mim, é dia de saborear memórias, ao som do rock de lá, especialmente Legião e Capital.

E é dia de pensar, com sincera saudade, nos melhores amigos que fiz em Brasília.

“Carái, véi”, que saudade!

Essa vai pro Orkut


Manhã de feriado, caminhando com meu cachorro na Lagoa, testemunho a seguinte cena. Um sujeito na faixa dos 40, corte de cabelo modernoso e parecendo tingido de acaju, vestindo tênis de corrida, bermuda de surfista azul e camiseta amarela da Abercrombie, orienta um homem de terno preto (com pinta de segurança, e havia mais um assim) a tirar uma foto em sua câmera digital com lente objetiva.

O sujeito então senta, bunda e pés sobre o capô de uma enorme SUV BMW que, inveja assumida, eu também gostaria de ter e faz pose para os cliques do segurança doublé de fotógrafo. Nouveau riche total. Cafonérrimo. Essa foto vai para o Orkut, com certeza. Ou para o Fakebook.

Minutos antes eu paquerara esse Opala vintage aí da foto, estacionado do outro lado da rua, com um papel manuscrito colado no vidro anunciando sua venda por R$ 10 mil.

Kafka perde


Li ontem uma notícia no site do O Globo que deixa claro como Brasil é um país ridículo. Não é nenhuma novidade, mas vejam só.

Em Campinas (SP), um automóvel Maverick ficou estacionado mais de dez anos (isso mesmo, dez anos!) em uma rua do bairro Vila Castelo Branco. Apesar de todas as reclamações ao longo desse período, o veículo jamais foi retirado do local. O asfalto da pista foi recapeado ao redor do veículo, que permaneceu lá, parado e podre. É o auto(i)móvel.

A polícia dizia que não podia remover o carro, porque ele não havia sido roubado, nem estava envolvido em nenhum crime. Carro de ficha limpa.

No último final de semana, o carro foi finalmente retirado, mas nem a prefeitura, nem a polícia sabem quem quem foi. O seja, talvez agora ele tenha sido roubado!

O dono do carro mora em um local próximo. Ele deliberadamente largou o carro na rua porque o carro foi penhorado em um processo na Justiça que cobra o condomínio atrasado dele. Como um processo complexo como esse está ainda em nossa sempre ágil Justiça é um enigma.

Recapitulando, para ver se eu entendi direito: um cara atrasa o pagamento do condomínio, o condomínio o processa, a Justiça penhora o bem do devedor como garantia do pagamento, ele então abandona o carro na rua, em frente ao prédio de quem não tem nada com isso, o carro fica lá dez anos, ninguém pode tira-lo de lá, mesmo que ele tenha se tornado uma carcaça enferrujada, porque o tal processo de cobrança ainda está correndo na célere Justiça, o dono não é punido nem pela dívida, nem pelo abandono do carro em via pública e o detalhe pitoresco, o asfalto da pista foi recapeado em torno do carro "imexível". Agora o carro sumiu e ninguém sabe quem foi. Surreal, né não?

domingo, 18 de abril de 2010

Columbicídio Já!



Levei meu carro a uma oficina mecânica e, na parede onde nos tempos mais primitivos e felizes, anteriores à era do politicamente correto, deveria estar um pôster calendário de mulher pelada, estava esta foto de um pombo.

Estou absolutamente convencido de que não é uma foto montagem, a imagem é verídica, genuína e é prova irrefutável de que a militância pelo extermínio desses ratos alados é oportuna e necessária.

Eles estão sendo treinados em cavernas remotas em regiões inóspitas...

terça-feira, 13 de abril de 2010

Beijo

Ente as babaquices que sei lá quem inventa está que hoje, 13 de abril, é o Dia do Beijo. Babaquice é a instituição do dia e não o beijo.

Uma amiga comenta que leu em uma revista feminina que para segurar homem tem que dar sempre beijo de língua. Pergunta minha opinião masculina.

Beijo é de olho fechado, dedicado e entregue. E beijo de língua não é só como preliminar do sexo. Sim, beijo na boca, de língua, sempre. Mesmo que você esteja há dez anos ou há dez meses com uma pessoa, beije-a como se estivesse com ela há dez dias. Isso vai ajudar muito a vocês ficarem juntos por dez anos.

Selinho não é beijo. É cumprimento.

Selinho é epílogo de relação.

Minha amiga então brinca e pergunta se o beijo de língua compensa a calcinha cor da pele.

Não. Calcinha cor da pele é como cueca furada. Crime hediondo.

sábado, 10 de abril de 2010

O mundo é pequeno demais para nós dois

Este fdp aí da foto me encarou no alto do Empire State.

O prédio onde moro tem, externamente, pequenas marquises entre os andares para servir de apoio aos aparelhos de ar-condicionado. Pois eis que, mesmo com redes de proteção, um bando de pombos resolveu construir um ninho justo sobre a janela do meu quarto. Todo início de manhã, os desgraçados pensam que são galos na aurora e começam a fazer o som feio e irritante que pombos fazem. (Sim, porque aquele ruído não é canto nem em show de calouros!)

Eu odeio pombos. E não é de agora. Pombos são feios, nojentos, transmitem um monte de doenças e ainda cagam, literalmente, em nossas cabeças. Pombos são ratos com asas, a escória das aves urbanas (e nem pense em falar mal do urubu, símbolo do meu Flamengo!).

Eu fico furioso quando vejo senhores e senhoras desocupados, metidos a São Francisco ou Santa Clara, jogando farelos para alimentar pombos nas praças. Imagine como seria melhor a praça perto da sua casa ou do seu trabalho sem pombos. Imagine a praia sem pombos na areia tentando bicar os restos de biscoito Globo. Imagine a Praça dos Três Poderes, em Brasília, sem aquele medonho pombal que parece um prendedor de roupas e compromete o conjunto arquitetônico. Imagine a Piaza San Marco em Veneza sem aqueles milhares de pombos. Ficaria muito mais bonita e melhor de passear! Ainda mais se com o fim dos pombos, fossem embora também alguns turistas sem noção que ficam tirando fotos com sorrisos idiotas e pombos sobre suas cabeças, ombros e braços.

Estou arquitetando um plano estratégico-tático-operacional-de ação-de combate para exterminar os pombos que me aporrinham. Aceito sugestões. Eu vou dar um tiro de chumbinho na cara da pomba branca da paz.

E aí, depois de resolvida a questão com os pombos, a gente conversa sobre os poodles...

sexta-feira, 2 de abril de 2010

O bom do violino


Esta foto do fotógrafo Marcos Tristão, de 18.10.2009, foi uma das imagens que mais comoventes que vi nos últimos tempos.


O menino que chora na foto é Diego Frazão Torquato, que tocava violino na Orquestra de Cordas do AfroReggae. A ocasião foi o enterro do coordenador desse projeto social, Evandro João Silva, assassinado no Centro do Rio em outubro do ano passado.

Diego contraiu meningite aos quatro anos, agravada por uma pneumonia, e ficou com dificuldades de memória. Ainda assim, aprendeu violino, que tocava com emoção superior à técnica. Diego, nascido e criado na favela de Parada de Lucas, sonhava que o violino o levaria a conhecer o mundo.

Não deu tempo. Diego morreu ontem, aos 12 anos, vítima de leucemia. Como "desgraça pouca é bobagem", sua mãe de 37 anos luta contra um tumor no cérebro.

Respiro fundo.

Paz para quem vai. Força para quem fica.

Livin' la vida


Um pouco tardiamente, como Ricky Martin (sem trocadilhos, por favor!), comento sobre o fato do cantor porto-riquenho ter assumido publicamente sua homossexualidade no início desta semana.


A declaração de Martin não surpreendeu ninguém, ele sempre deu pinta. Mas enfim, ele quis se afirmar e se sentiu aliviado (sem trocadilhos de novo) por tirar esse peso das costas (sem trocadilhos mais uma vez).

Autodeclarar-se gay é uma escolha pessoal. Cada um sabe de si, o que perde e o que ganha fazendo tal afirmação. De maneira geral, nossa sociedade é muito preconceituosa e ninguém deve nenhum tipo de satisfação sobre sua sexualidade (a não ser, óbvio, se cometer algum crime, como estupro ou pedofilia).

Ninguém tem obrigação de dizer se é ou não, mas acho bom quando uma figura pública afirma ser gay. Embora a mídia faça estardalhaço muito maior do que o necessário ou do que o benéfico, penso que a atitude pode ajudar a derrubar o preconceito e a mostrar que pessoas talentosas, competentes, legais, bacanas etc etc são homossexuais e isso não diminui em nada suas virtudes. O cara que você tanto admira é gay. E continua igualmente admirável.

Ricky Martin, George Michael, Michael Stipe (R.E.M), Rob Halford (Judas Priest), Elton John, Neil Tennant e Chris Lowe (Pet Shop Boys), Boy George, Fred Mercury, Mika, Erasure, Right Said Fred, Scissor’s Sisters, Cazuza, Renato Russo são alguns dos pop stars que assumiram sua homossexualidade. O Morrissey, eu acho que nunca disse com todas as letras, mas nem precisa, né?

O mais importante nesses caras não é sua sexualidade, é seu talento.

Mas só para esclarecer: eu não curto a música de Ricky Martin, ok?

O assunto Ricky Martin rendeu no Twitter, com mensagens de apoio ao cantor e muitas piadas – algumas delas atropelando o famigerado politicamente correto e, por isso mesmo, boas. Por exemplo, o nome do principal hit de Martin foi rebatizado para “Livin’ La Bicha Loca”. E após sua assunção, são aguardadas agora declarações de Robbie, Ray, Roy e Charlie, seus ex-companheiros de Menudo. Não se reprimam.

Torcida e distorção

Nesta semana, finalmente, acabou a décima edição do Big Brother Brasil. E assim, metade dos assuntos que dominavam as “conversas” no Twitter.


Sem preconceitos, assisti, às três edições iniciais do programa para conhecer e entender o fenômeno. Depois disso, nunca mais. Não assisto, mas sou antenado. Sei que a final desta edição foi disputada por Dourado, um lutador que já participou de uma edição anterior e que algumas pessoas andaram acusando de ser homofóbico (mas até o Bial o defendeu); Cadu, um bonitão meio sem sal; e Fernanda uma loura bonita que já, já deve cumprir o roteiro e estampar as páginas das revistas masculinas. Aliás, é sempre melhor ver as ex-BBB nessas páginas do que no programa, que é uma big bobagem ou uma big bosta.

A Globo divulga que esta foi a edição com maior participação do público. Precisamente 154.878.460 de votos no paredão final, estabelecendo um recorde mundial em uma única votação. Deve ter dado um lucro danado, já que a emissora recebe um percentual da tarifa sobre cada torpedo votante. Ou seja, sendo tão rentável o BBB deve permanecer na grade de programação longamente.

Confesso que me espanta tamanha mobilização social em torno desse programa. Fiquei estarrecido ao assistir a uma matéria no Fantástico em que apareceu uma torcida organizada com todos os integrantes vestidos de preto, com direito a grito de guerra, e autodenominados “Máfia Dourada”.

O que me espanta nessa história é gente torcer assim por um participante de Big Brother, torná-lo um herói ou ídolo. Nada contra nenhum participante. O que me intriga é a dimensão que o Big Brother tomou na vida dessas pessoas que se envolvem emocionalmente com o jogo.

Depois, refletindo melhor, desnudando o pensamento de preconceitos, pensei se o mecanismo que faz as pessoas torcerem fanaticamente por um BBB não é o mesmo que nos faz torcer por Flamengo, Cruzeiro, Corinthians, Inter? Ou por Mangueira, Salgueiro, Beija-Flor? Ou por Felipe Massa e César Cielo? Ou nos faz integrar o fã-clube de algum artista? E foi então que fiquei assustado de verdade.

Psicólogos, antropólogos, sociólogos e palpiteiros do mundo, uni-vos e explicai-me...