sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Hamilton é Vasco. Logo, é vice.

foto: AE





Em evento ontem à noite em São Paulo, a turma do CQC, atualmente o melhor programa na TV brasileira, entregou dois "mimos" ao piloto Lewis Hamilton: um gato preto e uma camisa do Vasco, referência ao time que é campeão...de vice-campeonatos.



Hamilton, bem humorado, riu dos "amuletos" e sobre a camisa cruz-maltina perguntou: "Está limpa?"



Bem, o Dinamite está tentando, mes depois do Eurico fica complicado....



E o Zé Simão, da Folha, diz que o Rubinho não vai bater no Hamilton porque não vai conseguir alcançá-lo. Além disso, periga o Rubinho bater, por falta de habilidade, no Massa....

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Massa, véio!


Replico aqui hilária notícia publicada no jornal O Dia online, de hoje.

"Torcida quer que Rubinho ajude Massa
Rio - Alvo de piadinhas da torcida brasileira por sempre ter sido o coadjuvante do heptacampeão Michael Schumacher na Ferrari em sua trajetória na F1, o piloto Rubens Barrichello agora é o "personagem principal" de uma campanha que já caiu na grande rede.

Você acha que Rubens Barrichello deve "manchar a carreira" e ajudar Massa na conquista do título?

Nos emails que estão rodando a internet, brasileiros pedem que Rubinho ajude o compatriota Felipe Massa a conquistar o título do Mundial de Pilotos da F1. Para isso, foi lançada a campanha "Bate nele, Rubinho", que tem como objetivo fazer Barrichello colidir seu carro com o do inglês Lewis Hamilton, tirando o líder do campeonato da prova, deixando o trabalho de Massa mais fácil. Se Hamilton não completar a prova, Felipe pode chegar em segundo lugar para se sagrar campeão mundial.

Como Rubinho Barrichello deve ajudar Felipe Massa a ser campeão?
a) Bater em Hamilton sem dó
b) Atrapalhar o máximo possível
c) Deve torcer, mas sem interferir na corrida"

* * * * *

Brincadeiras e atitudes antiesportivas à parte, essa corrente é, além de muito engraçada, injusta. Afinal, Rubinho se mantém há muitas temporadas na Fórmula 1 (16, se não me engano) e foi duas vezes vice-campeão. Ou seja, quase tantas vezes quanto o Vasco.

No Brasil, vice é igual a último.

De qualquer forma, é bem provável que se Barrichello topasse essa manobra absurda - e caísse nas graças da torcida brasileira - a FIA anulasse o resultado. Bons tempos eram aqueles em que Senna (nunca houve ninguém como ele) e Prost trocavam, mui esportivamente, toques e cutucões nas pistas.

Acho que o bom garoto Massa prefere ganhar sem esse tipo de ajuda. Para conquistar vitórias, ele confia no talento e na superstição da cueca usada. Repete a que usava quando venceu uma prova pela primeira vez.

Rubinho já ajudou até o Schumacher a ser campeão, abrindo para ele passar. E você, o que acha? Rubinho iria manchar ou salvar sua carreira se tivesse essa atitude patriótica, porém nada esportiva?

sábado, 25 de outubro de 2008

Dois caras

Tem dois caras de quem eu espero saírem os livros, como antigamente a gente esperava o lançamento do disco das bandas favoritas. Bem, eu ainda espero os álbuns do U2.

Os caras são o poeta, cronista, jornalista e professor Fabrício Carpinejar e o jornalista, escritor e - ninguém é perfeito - botafoguense, Arthur Dapieve. Ambos publicaram livros novos neste mês, com noites de autógrafos no naco de paraíso que é a Livraria da Travessa, todas, mas especialmente a do Shopping Leblon, do gente boa Rui Campos.

Os livros são Canalha!, volume de crônicas de Carpinejar, edição da Bertrand Brasil; e Black music, segundo romance de Dapieve, edição da Objetiva. Claro que irão, abusadamente, furar a fila das minhas leituras pendentes.

Dapieve foi meu professor no curso de jornalismo na PUC numa década longínqua e já nos encontramos algumas vezes, quase sempre em lançamentos de livros. Ele generosamente escreveu o prefácio do meu Lâmina do adeus. Sua coluna publicada no Segundo Caderno de O Globo é, há muitos anos, minha primeira leitura às sextas-feiras.

O gaúcho Carpinejar e eu estivemos uma vez na mesma mesa de bar em Brasília, com amigos em comum. Ele é um pouco mais jovem do que eu, completou 36 anteontem. Acho que é o melhor poeta da nossa geração, se é que ainda faz algum sentido falar em geração de poetas nos dias de hoje. Se fosse adotar o hábito de fazer listas e rankings, como o personagem Rob, do romance e filme Alta Fidelidade, de Nick Hornby, adaptado no Brasil para o teatro como A Vida é Cheia de Som & Fúria, eu afirmaria sem medo de errar que seu livro de crônicas O amor esquece de começar, está no meu top five.

Breve, comentarei sobre os livros aqui no Mar de Coisa (estou lendo, estou lendo). Enquanto isso, só posso indicar a bibliografia completas dos caras:

Carpinejar: As Solas do Sol, Um Terno de Pássaros ao Sul, Terceira Sede, Biografia de uma árvore, Caixa de Sapatos, Porto Alegre e o dia em que a cidade fugiu de casa, Cinco Marias, Como no Céu e Livro de Visitas, O Amor Esquece de Começar, Filhote De Cruz Credo, Meu filho, minha filha e Canalha!

Dapieve: BRock - o rock brasileiro dos anos 80 (obra de referência), Miúdos metafísicos (crônicas), Rock em CD - guia para uma discoteca básica (com Luiz Henrique Romanholli), Renato Russo (biografia), De cada amor tu herdarás só o cinismo (romance), Black music (romance).

Leiam tudo!

Subliminar


Cor da esperança.
Domingo.

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Com respeito à dor dos outros

Minha psicologia é de botequim e minha filosofia, para ficar mais chique um pouco, é de café parisiense. Mas eu não me furto a uns pitacos, entre tragos e goles.

Nesta semana, o enterro da adolescente Eloá, de Santo André, atraiu uma multidão estimada em quase dez mil pessoas. Isso mesmo, dez mil pessoas! Teve gente que viajou de outra cidade para o velório e para acompanhar o enterro. Tinha um monte de gente tirando foto do caixão com o celular. Pelamordideus! O que é isso? Que curiosidade doentia é essa, que morbidez é essa? Vão, depois, exibir as fotos como troféu? Ou ficarão olhando-as com nostalgia?

Não me venham falar que as pessoas sensíveis se comovem se solidarizam e então vão lá para expressar isso. A humanidade não é tão boa assim, não. Acho que o que move mesmo essa gente é algo muito mais torpe e vil. É um desejo de ver a desgraça alheia e poder narrá-la, batendo no peito, afirmando: “Eu estava lá! Eu vi! Eu fui!”. E dessa forma grotesca, conseguir uma posição de destaque na hierarquia social do seu meio. Ascender entre aqueles com os quais convive. Ou talvez essas pessoas queiram se inserir nessa tragédia para que tenham algo de quente em suas vidas mornas e insossas. Psicólogos de plantão, corrijam-me.

É um desejo distorcido de fazer parte da história. De uma história que, desculpem a franqueza, não é sua. É trágica, é triste, como milhões de desgraças diárias e alheias. Deixem, respeitosamente, os envolvidos sofrerem em paz.

Não interpretem o que escrevo como indiferença. Não se trata disso. Mas se trata de ter uma mínima noção do meu papel nessa história e do papel dessa história na minha vida.

Recomendo vivamente o texto “A voz do povo”, do jornalista Leonardo Sakamoto. O endereço do blog do Sakamoto é http://colunistas.ig.com.br/sakamoto/2008/10/23/a-voz-do-povo/

Eu estou cansado desse assunto, da exploração desse assunto, assim como das tragédias mais recentes que ocuparam a mídia. E que a mídia fez ocuparem exaustivamente o nosso tempo e o nosso cotidiano. E já estou cansado também das tragédias futuras. Essa overdose banaliza o drama que, mais do que a qualquer outro, pertence aos diretamente envolvidos. E estou mais cansado ainda dessas pessoas urubus que se debruçam sobre a desgraça alheia.

A tragédia da menina assassinada pelo ex-namorado ganhou novos contornos quando a imprensa revelou que o pai da vítima é, possivelmente, ex-integrante de grupos de extermínio em Alagoas e encontra-se foragido da Justiça. E tudo vira uma típica novela brasileira acompanhada por desocupados que não vivem suas próprias vidas.

Felicidade é uma saia justa

Placa à saída de um hotel em Barbacena (MG). Foto: Leandro Wirz



Eu assisto pouco à televisão. Praticamente futebol, clipes do TVZ, jornalismo-entretenimento-humor do CQC, a série House. Eventualmente noticiários, filmes e Manhattan Conection. Não, novelas nunca. Programas de auditório, nem morto. Sei que profissionais de comunicação têm que assistir a tudo, sem preconceito. É a mais pura verdade. Mas eu já assisti a quase tudo e nada mais me deixa chocado. Enojado, sim. O fato é que a vida é muito curta para eu desperdiçar tempo. Enfim, digressiono.

Como eu dizia, assisto pouco à TV. Ontem, no intervalo do jogo em que o Vasco lamentavelmente derrotou o Goiás, eu zapeei e parei no Saia Justa, do canal GNT, aquele programa de mulheres inteligentes que falam todas ao mesmo tempo e miraculosamente conseguem se entender, como só as mulheres conseguem. Uma espécie de Manhattan Connection versão feminina. Elas já ouviram essa comparação “n” vezes e certamente odeiam esse comentário sexista.

O programa é mediado por Mônica Valdvolgel e conta com Maitê Proença, Betty Lago e Márcia Tiburi debatendo temas diversos. O de ontem era felicidade. Assim. Modestamente, felicidade. Só.

Os debates giravam sobre se felicidade é aspiração, ideal, sonho ou distúrbio. Já que tem gente que está sempre irritantemente feliz. Felicidade é orgânica, é química, é herança genética? Tem aquelas polianas que vêem tudo pelo lado positivo e quem não enxerga problema, também não resolve nada. Tem aquelas pessoas que são duas. As bipolares, que oscilam drasticamente entre a euforia e a deprê.

Mas também tem gente normalmente feliz. Ou gente normal que é feliz. Ou gente feliz que é normal. O que importa é ser feliz. “Eu só quero é ser feliz, andar tranqüilamente na favela onde eu nasci...” diz a letra do funk carioca de MC Marcinho.

Maitê Proença é iluminada intelectualmente. E detém uma beleza iluminada também, elegante sempre. Ela disse: “Eu sou muito feliz. Parece uma inconseqüência, né? Mas não é. E não é, porque em determinado momento, não foi assim. Eu não fui feliz. Mas hoje tenho essa sensação agradável, essa paz. Eu dou nota nove para a minha felicidade. Só não dou 10, porque às vezes ainda caio em abismos. Mas eu estou cansada de pessimismo. Acho que o pessimismo ficava melhor lá atrás com Sartre e Simone de Beauvoir.”

O que me leva a léguas de distância, a uma canção de Almir Sater, especialmente linda na interpretação de Maria Bethânia, “Tocando em frente”. Os versos iniciais são: “Ando devagar porque já tive pressa e levo este sorriso porque já chorei demais”. Digressiono de novo.

De fato, existem pessoas que tem uma certa inaptidão para a felicidade. Eu mesmo escrevi sobre isso no poema “Versos sobre”, que abre meu livro “Lâmina do adeus”, de 2002: “A intimidade me permite chamar a melancolia de mel e a felicidade de fel”.

No Brasil, já disse Tom Jobim, o sucesso é mal visto. Às vezes, a felicidade também é. Como se fosse coisa de alienados, iludidos, tolos, superficiais.

Eu dou nota nove para a minha felicidade.

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

O bom Frejat e os piores versos


Frejat faz show hoje à noite no carioquíssimo Circo Voador, na Lapa, para promover o seu terceiro álbum solo, “Intimidade entre estranhos”.

Frejat faz um bom pop rock, com um pé fincado no blues, é bom compositor, e atende nos quesitos cantor e guitarrista, melhor neste do que no primeiro, já que a voz é razoavelmente limitada. Frejat faz boas canções, bons discos, bons shows, fez uma tremenda dupla com o saudoso Cazuza e, solo ou no Barão, merece atenção, respeito e apreço. Além disso, é gente boa e tem opiniões sólidas sobre questões importantes. Em suma, eu gosto do Frejat.

Este disco – ótimo título! – é puxado por “Eu não quero brigar mais não”. Que, por sinal, também é boa. Mas....

Ela traz um escorregão – um senhor estabaco, na verdade – na letra. Na ânsia aflita de rimar lé com cré, Frejat comete o verso “Somos Bambam e Pedrita”. E compromete toda a música.

Frejat conseguiu superar o maior hit maker do pop rock brasileiro, o grande Lulu Santos, ao cunhar esta pérola de péssimo verso. O troféu Pior Verso da História antes cabia a “Às vezes eu me sinto uma mola encolhida”, que quase estragava “Toda forma de amor”.

É, toda forma de amar vale a pena. Perdoemos o bom Frejat.

Quem quiser compor esse pódio de versos inesquecíveis, no naipe dos acima citados, é só postar um comentário....

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Mengo!



Flamengo 1 x 0 Vasco.

Vasco na lanterna do Brasileirão.

Obina é seleção!!

domingo, 19 de outubro de 2008

O amor

Foto: Leandro Wirz

Love is all. O amor é tudo. E muito mais! Ou menos. O amor é mais ou menos. O amor não é isso tudo. O amor é uma lenda. O amor é compra e venda. O amor é troca. O amor é uma ilusão. O amor é a verdade. O amor é o caminho. O amor é a solução. O amor é carinho. O amor é compreensão. O amor é paixão. O amor é fogo. O amor é foda. O amor é sexo. O amor é uma droga. O amor é rock’n’roll. O amor é a musa. O amor é música. O amor liberta. O amor cura. O amor eleva. O amor salva. O amor é cruz. O amor é credo. O amor é fé. O amor fere. O amor vicia. O amor mata. O amor é vida. O amor é ferida (que dói e não se sangra). O amor é samba. O amor é luz. O amor é vaga-lume. O amor é perfume. O amor não é ciúme. O amor une. O amor é luxo. O amor é fofo. O amor é bobo. O amor é cego. Surdo, mudo, burro e tetraplégico. O amor é humor. O humor é incorreto. O amor é certo. O amor não é reto. O amor é curva. O amor é sol. O amor é chuva. E neve. O amor é leve. O amor é breve. O amor redime. O amor é sublime. O amor é o paraíso. O amor é um inferno. O inferno são os outros. O amor é o céu. O amor é o chão. Mas se houver posse, o amor é parede. O amor é o teto. O amor é o limite. O amor não tem limite. O amor não há quem imite. Nem na China, nem no Paraguai. O amor é Paris. O amor é o Rio de Janeiro. O amor é Veneza. O amor é beleza. O amor é lindo (O que mata é a...). O amor é eterno. O amor é infinito (Enquanto dura, todo mundo sabe). O amor a tudo vence. Eu amo. All you need is love.

Sexo, drogas & política

A sexóloga Marta Suplicy sempre se promoveu como gay friendly e trabalhou em favor das causas homossexuais, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Até aí, méritos a ela. Concordamos. Também sou simpático às causas e totalmente a favor do casamento entre duas pessoas que se amam. Se são ou não do mesmo sexo, é irrelevante.

Mas um dia a casa cai. Aliás, um dia tudo cai, já que a lei da gravidade é inclemente: peitos, bundas, bolsas de valores, tudo despenca. Máscaras também caem. Nesse caso específico, foi um pré-sal inteiro de pancake.

No desespero de angariar votos na corrida à prefeitura de São Paulo, na qual encontra-se cerca de 17 pontos percentuais atrás do adversário Gilberto Kassab, Marta Suplicy foi mal assessorada e fez um papelão. Sua campanha fez circular panfletos que ao final perguntavam ao eleitor se ele realmente conhecia o candidato Kassab e se sabia se ele era casado e tinha filhos.

As perguntas foram interpretadas como insinuação acerca de uma suposta homossexualidade de Kassab. Independente disso, partir para ataques pessoais é um velho vício da política brasileira que nós eleitores temos que repudiar de forma veemente. Não importa se Kassab, ou se qualquer candidato a qualquer cargo eletivo, é homossexual, se é solteiro, casado, divorciado, viúvo, se tem filhos, se são adotados. Não é isso que deve balizar a nossa escolha democrática.

Depois que os panfletos foram duramente criticados, Marta foi a público dizer que é uma vítima. E que a política é “uma coisa muito suja”. Ora, francamente. Essa foi mais uma das suas gafes (lembra do “relaxa e goza” em plena crise aérea?). E se a política é mesmo muito suja, é justamente – mas não só – por atitudes como essa.

Se o candidato é gay ou não, o Gilberto é que sabe.

Eu sou carioca, logo, tenho que me preocupar mais com o meu curral (opa!) eleitoral. No balneário, também se vê muita sujeira, não apenas na Baía de Guanabara, mas na política.

Como todo mundo sabe, Gabeira participou, há décadas, do seqüestro do embaixador americano que acabou trocado por presos políticos. Dentre os libertados estava Vladimir Palmeira. Apesar de dever a vida à Gabeira e seus companheiros de ação, Palmeira declarou apoio à candidatura de Eduardo Paes. O ministro do Meio Ambiente e dos coletes, Carlos Minc, foi co-fundador do Partido Verde junto com Gabeira e ambos sempre tiveram uma linha ideológica muito parelha. Mas eis que Minc também aderiu à candidatura Paes. Vai entender, são coisas da política, essa atividade muito suja, segundo dona Marta.

O debate na última semana girou em torno das drogas. Aliás, faz tempo que esse é um assunto em pauta no Rio. As perguntas foram aquelas enfadonhas para saber se os candidatos já fumaram, se tragaram, se gostaram. Virou um clássico em todas as campanhas aqui e alhures. A resposta mais engraçada continua sendo a de Bill Clinton (“fumei, mas não traguei”). Por que será que ninguém pergunta aos candidatos se cheiram, se bebem, se mentem? Ah, saudoso Tim Maia... (“Não bebo, não fumo, não cheiro, mas, às vezes, eu minto um pouco”.)

Como todos também sabem, Gabeira já fumou muito e defendeu a descriminalização da cannabis sativa. Causou certa surpresa o candidato Eduardo Paes assumir que já fumou e não gostou, embora isso não fosse uma novidade. Ele próprio já falou disso há vários anos, em outra vez que foi candidato.

O mais importante é que, felizmente, nenhum dos dois candidatos é toxicômano a ponto de comprometer seu discernimento e sua capacidade administrativa.

Eu discordo de muitas opiniões do jornalista Jorge Bastos Moreno, de O Globo. Mas reconheço que, na coluna de ontem, ele mandou bem ao escrever que “o eleitor sabe que tudo isso é bobagem. Vejam o caso do atual prefeito, que não fuma, não bebe, não cheira, não rouba e nem trabalha. Mas vive doidão”.
Para concluir, registro que acho política uma droga e que a minha versão favorita do célebre trinômio que inspirou o título deste texto é sexo, mais sexo e rock’n’roll.

sábado, 18 de outubro de 2008

A razão de ser da publicidade

Assisti ontem à palestra de Dalton Pastore, publicitário e presidente da Associação Brasileira das Agências de Publicidade, no Seminário de Comunicação que o Banco do Brasil, em louvável iniciativa, patrocina há 13 edições anuais.

O tema era “As novas mensagens e linguagens da propaganda brasileira”, mas Pastore não se ateve somente a ele. O tempo destinado às perguntas e respostas foi até mais proveitoso. Entre reflexões lúcidas, boas sacadas, tiradas irônicas, segue um pouco do que Pastore falou.

Em termos de tendência, o adverteinment (mix de propaganda com entretenimento) vem por aí, “from USA, de nove as seis”. O suco de laranja Tropicana e o café Starbucks são exemplos de boas investidas, bem-sucedidas na Terra de Tio Sam e, oxalá, Obama.

Segundo Pastore, a publicidade na internet ainda é “primitiva e chata”, muito calcada em banners, pop-ups e bobagens afins. Pastore afirmou que não gosta de marketing viral, por vício profissional. “Não gosto de nada em que a gente não ganhe dinheiro”, brincou, a sério.

Além do marketing viral (“Não quero que minha marca vire uma epidemia”, disse), Pastore criticou também a propaganda compulsória, aquela que vc é obrigado a engolir. Como (mau) exemplo, citou a TAM que obriga os passageiros pagantes a assistirem a mensagem do presidente da companhia área, na qual a telinha desce na sua cara antes do avião decolar.

Sobre o merchandising, Pastore afirmou que ele não precisa ser necessariamente sutil, mas tem obrigatoriamente que ser inteligente. Entre os bons exemplos, estão a Fedex e as bolas de tênis Wilson que viraram personagens no filme O Náufrago, protagonizado por Tom Hanks.

Como não podia deixar de ser, as tentativas de cercear a propaganda foram objeto do debate. Pastore declarou que não teme quando as discussões acontecem no Congresso nacional, porque esse é o foro legítimo. Deputado tem mesmo que apresentar projeto de lei para debate. Problema maior está em ONGs que se arvoram de conhecimento e autoridade que não têm para querer tutelar as pessoas. Pastore citou uma organização de São Paulo (parênteses bairrista: tinha que ser!) que decidiu proteger as criancinhas da publicidade. Quando é veiculado um anúncio que ela julga indevido, compra um parecer tendencioso de um psicólogo qualquer, vai ao Ministério Público e abre processo contra o anunciante a agência de propaganda, obrigando-os a se defender. Isso é uma tática torpe de intimidação.

A tese absurda é a de que a criança é estimulada a comprar algo e como não tem como satisfazer o seu desejo, isso lhe causa transtornos e traumas. O pior é ver que essa lógica simplista é defendida por pessoas supostamente esclarecidas. Pastore citou a quatrocentona Milú Villela, principal acionista individual do banco Itaú e mantenedora do Itaú Cultural. Ela teria declarado que a criança vê um tênis em um comercial, não tem dinheiro para comprar e vira bandido. Simples assim!?!! Eu diria burro assim!

Deixemos a estupidez de lado e voltemos à criatividade. Pastore contou que certa vez ouviu de David (dispensa apresentações) Ogilvy uma lição: na hora de criar, vc tem que pensar que a dona de casa não é uma idiota. Ela é a sua mãe. Isto faz toda a diferença.

Pastore falou também que muitos dos melhores filmes publicitários de 20 anos atrás, que nos encantaram, nos emocionaram, nos fizeram rir, não poderiam ser veiculados hoje, porque, de alguma forma, seriam politicamente incorretos. “Infelizmente, o mundo caminhou nessa direção”, completou.

Questionado sobre qual razão de ser da publicidade, Pastore afirmou que é “a criação e o fortalecimento de marcas, o incentivo ao consumo, ao crescimento econômico”. Em outro momento, Pastore brincou com fundo (e superfície) de verdade: “Publicidade não combina com pobreza”.

É isso. Ame ou odeie. Mas este é o jogo.

Intervalo comercial

Starbucks(óbvio), Barcelona. Foto: Leandro Wirz


Pausa para um café. Sem açúcar.

E um cigarro, ah, eu adoraria.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Inóbvio

“CRISE. VOCÊ PREFERE COM OU SEM AÇÚCAR?

Nós já enfrentamos e sobrevivemos a muitas crises. Talvez já tenhamos perdido as contas sobre o número e a origem delas. Mas as malditas já nos surpreenderam diversas vezes enquanto assobiávamos distraídos virando alguma dessas esquinas da vida. Algumas, foram provocadas pelo petróleo, outras pela Rússia ou pela China, a maioria, gerada internamente, já que em matéria de crise, o Brasil sempre foi auto-suficiente. A tal ponto que, se não chegamos a ser fraternos amigos – nós e a crise – também não podemos negar que tenhamos nos tornado íntimos conhecidos.

Nenhuma crise é igual à outra. Essa que chegou com toda força agora, certamente é a mais diferente de todas. Porque o Brasil não tem um pingo de responsabilidade sobre o que está ocorrendo e porque o Brasil está no seu melhor momento economicamente falando. O Brasil nunca esteve tão em dia com as suas obrigações, o dever de casa feito, com um mercado interno tão forte, com empresas tão sólidas, modernas e competitivas e com suas instituições tão garantidas para encará-las.

Mas isso não nos exime das conseqüências da crise. Que, por sinal, é também uma das mais potentes e destruidoras das que se tem notícia em quase um século. Ela já está sendo dura e será ainda mais devastadora, não precisamos ser profetas para prevê-lo. Então, o que nos resta fazer?

O óbvio é termos medo, nos encasularmos, rezarmos para diferentes deuses, de diferentes religiões, ficarmos imóveis acreditando que qualquer mínimo movimento pode ser fatal para ela nos alcançar e, assim, esperarmos até que ela passe.

Demitir, cortar os investimentos, reduzir a produção, suspender novos projetos, reprimir os movimentos de inovação, não acreditar num retorno inesperado da demanda, também são boas e óbvias idéias. Talvez, algumas tenham mesmo que ser feitas, quem sabe?

Mas também há o inóbvio, por mais que, obviamente, a palavra inóbvio não exista. E não existe por quê? Porque ninguém a disse antes, vai saber.

E é aí que reside o intuito deste nosso anúncio: apelar para os que acreditam que o inóbvio existe. Não só existe, como pode ser feito nesse exato momento onde o óbvio é o que todos pensam, todos fazem, todos professam e todos aconselham.

O intuito deste anúncio é, humildemente, tentar criar uma minúscula fagulha de otimismo, de esperança – nossa velha, desgastada, mas essa sim, querida amiga em todos os nossos célebres momentos de crise - para que ela se dissemine, se instale na nossa cabeça, nas nossas empresas, na nossa sociedade, mesmo lutando contra esse poderoso inimigo, que tão mais facilmente gosta de se instalar nesse mesmos lugares ao menor sinal de que o pior pode acontecer.

O intuito deste anúncio é demonstrar que um marketing original é a mais poderosa fonte de energia, capaz de gerar as transformações que uma empresa precisa nom momento de crise.

Nós acreditamos piamente nisso.

Esse é o nosso óbvio.

Acreditamos que se esse não é o momento de inovar, que outro seria? Acreditamos que se esse não é o momento de ser e parecer diferentes dos seus concorrentes, que outro haverá de ser?

Acreditamos que se não for essa a hora de falar, enquanto muitos se calam de medo, que outra hora estará à nossa disposição para fazê-lo?

Uma grande idéia, única, diferente de todo o óbvio, sempre foi e sempre será o detonador mais valioso – e menos oneroso – para se mudar a história, o humor, a fé, a determinação e o otimismo interno de uma empresa.

É isso que nós defendemos para os nossos clientes e que queremos externar para o Brasil inteiro hoje. Porque tivemos a presunção de que se nós pensamos assim, talvez você, talvez mais gente por aí também pense do mesmo jeito. E nós adoraríamos poder contar com mais gente, mais empresários, mais cidadãos para ajudar a contrariar o óbvio, a não aceitar passivamente em todas as suas piores conseqüências o medo, pelo medo.

Crises nós já enfrentamos e, queiramos ou não, ainda enfrentaremos essa um bom tempo e outras por muitas vezes.

O que deve nos mover é a visão de como nós queremos ser percebidos assim que mais uma vez nós sairmos dela.

De pé, ou de cócoras.

Na crise, já disseram muitos, é que se separam os homens dos meninos. Ou seja, crise, pode ser café pequeno para os homens.

Nós gostamos com açúcar.

F/NAZCA SAATCHI & SAATCHI
Nós amamos boa propaganda.”


A agência de publicidade F/Nazca publicou este anúncio all type de página inteira no jornal O Globo – e, certamente, em outros – em 12 de outubro de 2008.

Para você que é publicitário, ou estudante de, ou simplesmente é curioso, o que há de óbvio e de “inóbvio” nesse anúncio?

Que ferramentas (ou truques) de persuasão você encontra na construção deste texto?

Como ex-professor de Linguagem Publicitária (saudade, turmas!), não resisti à brincadeira de transformar esta postagem em uma pequena sala de aula/debate/questão de prova.

Espero que tenha alguém aí, desse lado.

Ei, você! Comente! Mesmo que seja só para dizer gostei ou não gostei.

Vale nota.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Universo umbigo

A atriz Cláudia Alencar é talentosa, bonita, simpática e até já se aventurou pelas raias da poesia.

Mas na Veja desta semana, ela escorregou feio e soltou essa: "Ama a si próprio como a ti mesmo." (?!)

Uau! E eu que me culpava por ser egocêntrico...

domingo, 12 de outubro de 2008

Força sempre


Junto com a vontade, eu tinha certo pudor ou receio de assistir a “Renato Russo – a peça”. Porque Renato Russo é um dos meus deuses e enquanto esteve vivo compôs ou cantou muitas das canções que fizeram parte da trilha sonora da minha vida. E de mais um monte de gente da minha geração. Eu tenho tudo o que ele gravou e assisti a vários shows da Legião Urbana, em todas as suas fases. Então, pensava, para que ver o cover?

Mas a curiosidade falou mais alto e também os comentários elogiosos que ouvi desde que a peça estreou em 11 de outubro de 2006, data em que se completava 10 anos da morte de Russo. Esta já é a terceira passagem do espetáculo pelo Rio e ela foi sucesso também em várias cidades do País. Por pura coincidência, que só percebi depois, fui assistir em 10 de outubro de 2008.

A peça é realmente ótima. Bruce Gomlevsky incorpora muito bem as facetas do Renato Russo genial, sensível, inteligente, arrogante, solitário, sonhador, auto-destrutivo, líder, corajoso, temperamental, confuso, generoso, crítico, culto, dramático, messiânico, assustado, romântico, cético, criativo, empreendedor. Enfim, um Renato humano e pleno de energia e contradições. Como nós.

Esta foi sempre a grande virtude de Renato, que o tornou um dos mais importantes poetas da música brasileira. A capacidade de contar em suas canções a sua história. E a sua história era a nossa. Ao ouvi-lo, a gente pensava: “Porra, este sou eu!”

A peça tem roteiro bem costurado, embora no final dê uma acelerada e pule coisas & canções de alguns dos últimos discos. No final também, o texto dá uma resvalada no piegas, mas tudo bem, Renato era mesmo dramático. Bruce Gomlevsky dá um show de interpretação e eu não sei se, quando acabar a carreira do espetáculo, ele vai saber ser simplesmente Bruce de novo. A banda Arte Profana, que o acompanha ao vivo nas 22 canções, manda bem, a direção do espetáculo é precisa, o figurino é ok e a luz é excelente. E ainda há o contra-regras de cabelo moicano.

A platéia entra na onda e canta junto várias das canções. Em todos os encartes de seus discos, Renato escrevia Urbana Legio Omnia Vincit (A Legião Urbana a tudo vence) e Força Sempre. Foi ótimo constatar que suas canções continuam a ter a força de sempre. E continuam a vencer o tempo, o esquecimento, a morte.

Renato Russo foi embora muito cedo, aos 36. E eu dizia ainda é cedo também para a peça encerrar sua carreira. Se você ainda não viu, corra. Até 19 de outubro no Teatro João Caetano, no Rio. Saí de lá, alma lavada, renovado.

Se quiser saber mais sobre Renato, ouça seus discos. Todos. Muitas vezes. E leia “Renato Russo: o trovador solitário”, o livro que o jornalista Arthur Dapieve escreveu para a série perfis do Rio. A edição é da Relume-Dumará, 2000.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Escrever é ouvir o barulho do mundo



O escritor francês Jean-Marie Gustave Le Clézio recebeu hoje a notícia de que foi premiado com o Nobel de Literatura.

"Escrever não é só se sentar à mesa consigo mesmo, é ouvir o barulho do mundo. Quando você está na posição de escritor, percebe melhor o barulho do mundo, vai ao encontro do mundo", afirmou Le Clézio em coletiva de imprensa concedida em Paris.

E é por isso que eu escuto o barulho do mar...

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Infidelidade canina

Jornal O Dia noticia que, ao acordar às 5h da manhã e não encontrar o marido dormindo ao seu lado, mulher foi procurá-lo.

Encontrou-o no quintal fazendo sexo com a cadela do casal.

Que se chama - acreditem! – Xana. Sei não, mas acho que esse cara já batizou a cachorra mal intencionado.

A mulher, de 19 anos, que foi trocada por uma cadela (isso acaba com a auto-estima de qualquer um!) deu queixa na delegacia de Itaboraí (RJ), contra a cachorrada que o marido, de 26 anos, fez. Ambos moram e trabalham em um sítio da região. O meliante zoófilo evadiu do local em sua moto cento e vinte cinco cilindradas.

Xana precisou ser medicada.

E o animal continua solto. À procura de uma pitbull de batom.

A sunga estúpida

Já que na postagem anterior, falamos em marketing, política e estupidez (trio que, muitas vezes, caminha de mãos dadas), como é que o candidato a prefeito do Rio, Fernando Gabeira, se deixa fotografar na manhã seguinte ao primeiro turno das eleições, de sunga ou enrolado numa toalha vermelha?!

Ok, nadar é um hábito saudável e a descontração do candidato é a cara do Rio. Mas assim fica mais difícil para ele, que tem no currículo a célebre sunga de crochê dos anos 1980, conquistar os votos do eleitorado mais conservador.

Em respeito aos leitores deste blog, decidi não publicar foto do candidato de sunga. Até porque ninguém merece.

É o marketing, estúpido!


No debate de ontem à noite entre os candidatos à presidência dos EUA John McCain e Barack Obama , em determinado momento, o primeiro referiu-se ao segundo como “Aquele lá”. O termo gerou polêmica por considerado depreciativo, desrespeitoso e, para alguns, até mesmo racista.

Horas depois, o site http://www.thatone08.com/ já vendia camisetas pretas e brancas com o símbolo da campanha democrata a US$ 15,95, nos tamanhos P, M, G e GG, além de quatro modelos infantis. Há ainda versões estampadas com uma foto em preto e branco de Obama e a frase polêmica em vermelho e outra com uma imagem de McCain apontando o dedo, sob a legenda "Aquele lá".
Isso é que é senso de oportunidade! McCain deu um passe digno de Toninho Cerezzo para Paolo Rossi (Brasil vs Itália, Copa de 1982) e a turma do Oba-Obama só teve que tocar para o gol.
Em 1992, James Carville, o marqueteiro de Bill Clinton, cunhou o bordão "É a economia, estúpido" para dizer o que realmente pesa em uma eleição. Cabe aqui a paródia: É o marketing, estúpido!

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Crocodile Kid


Na última semana, correu o mundo a notícia de que um garoto de sete anos invadiu um zoológico na Austrália, matou diversos animais e jogou outros vivos a um crocodilo.

A matança foi capturada pelas câmeras de segurança do zôo. Em uma delas, o pestinha aparece sorrindo enquanto assistia ao crocodilo, de três metros de comprimento e cerca de 200 quilos, devorar um lagarto de língua azul. Durante 35 minutos, o menino matou brutalmente diversos animais no centro de répteis em Alice Springs. Em um dos casos, ele bateu em um lagarto diversas vezes com uma pedra até o animal não resistir mais.
As vítimas foram dez répteis, uma tartaruga, quatros lagartos de língua azul, dois dragões-barbudos, dois diabos-espinhosos, três lagartos e um iguana de 20 anos. Segundo o diretor do zôo, "será difícil substituí-los. Muitos eram raros e maduros".

O menino foi interrogado pela polícia, mas se manteve calado. Os policiais afirmaram que não têm a menor idéia do que pode ter motivado o ataque.

A primeira pergunta que não quer calar é: se o moleque levou 35 minutos em sua mórbida diversão como é que durante esse tempo todo, ninguém fez nada para impedir?

A segunda pergunta é: esse moleque não tem pais, não?

Eu definitivamente não acredito que crianças são anjos inocentes e inimputáveis. Crianças podem ser crudelíssimas. E tem gente que é ruim mesmo.

Mas o primeiro instinto de uma criança de sete anos, ou pelo menos, o instinto mais normal, seria o de curiosidade, ou até mesmo medo, pelos animais, e não o de agressão. É difícil acreditar que o moleque entrou no zoológico numa manhã ensolarada de quarta-feira e teve um surto de fúria assassina matando os animais. Provavelmente, ele já tinha manifestado antes seu “apreço” pela fauna praticando pequenas maldades com animais mais acessíveis: cachorro, gato, passarinho, peixe, filhote de canguru etc

O episódio provocou revolta e foi assunto nas mesas: a maldade infantil, a omissão dos pais, como punir o moleque, como punir os pais, e mais um monte de teorias psicanaliticas de botequim para destrinchar as razões da atitude e o cérebro doentio do moleque.
A última vez que eu olhei na versão online do jornal O Globo, havia 785 comentários sobre a notícia. Ah, que inveja dessa audiência! Dei uma lida rápida nos comentários e boa parte deles sentenciava que o moleque seria um futuro serial killer e muitos, muitos mesmo, sugeriam jogá-lo ao crocodilo que ele alimentou. Eu mesmo tive ganas de esganá-lo e mandá-lo fazer companhia a Terry, o Croco.

A tolerância está chegando próxima a zero. Mas será que se deram conta de que estão condenando uma pessoa de sete anos como irrecuperável?
Terry, vem cá.

Fé cega, faca amolada


Notícia da última terça no portal Terra informa que garoto de 16 anos sobreviveu à tentativa de assalto em Londres levando, como “souvenir”, uma faca de cozinha no meio da testa.

Segundo o jornal britânico Daily Mail, ele conseguiu sair com vida porque foi operado rapidamente. Os médicos disseram que, se alguém tivesse tentado retirar a faca, o jovem teria morrido.

Sim, porque além da retirada poder provocar estragos internos ainda mais graves, ao sair, a faca provocaria intensa hemorragia, difícil de estancar.

O sobrevivente deve ser parente de Chuck Norris, o homem, o mito, a lenda.

Certa vez Chuck Norris levou uma facada no olho.
A faca ficou cega.