Eu juro que acho déjà vu e superada a discussão sobre a Internet suprimir o uso do papel. Claro que houve queda expressiva na circulação impressa de jornais, mas creio estar claro que os dois suportes conviverão sem que o mais recente canibalize o outro totalmente.
Por enquanto, não chegamos a uma solução eletrônica que proporcione o mesmo conforto de leitura que encontramos nos livros e, muito menos, a algo que supra os prazeres tátil e olfativo que o manuseio dos livros proporciona. Mas o Steve Jobs ou o Professor Pardal devem estar trabalhando nisso neste instante.
Ainda há também um certo preconceito contra os e-escritores, como se o suporte em papel legitimasse o conteúdo. Como se aquilo que é realmente bom virasse livro, e fosse o que torna alguém um escritor. O território livre da web ainda é, para alguns, um paiol de bobagens voando a esmo.
Eu já publiquei cinco livros de poesia e não descarto outros, óbvio. Mas também gosto muito do esquema de produção ágil e do retorno rápido dos leitores que a Internet possibilita. E não considero o que escrevo aqui, no ambiente virtual, menor do que aquilo que escrevi em qualquer dos livros. Acho até que, neles, escrevi muita besteira. Além disso, há tantos talentos que só escrevem na Internet e que talvez nunca tenham seus nomes numa lombada de capa na sua estante.
De qualquer modo, há o caminho do meio. Com trocadilho, achei bem bacana essa ideia de juntar os meios. O romance policial “Grau 26 – A origem do mal”, de Anthony Zuiker foi lançado recentemente nos EUA e chegará ao Brasil em novembro pela Record.
A cada 15 ou 20 páginas, o leitor é convidado a entrar num site para assistir a um filminho de minutos no qual a trama avança com atores representando personagens do livro. Ou seja, parte da história está no papel e outra parte na Internet, dialogando entre si.
A propósito, hoje, começa a Bienal do Livro. Tempo de ir ao Riocentro e se enroscar nos livros fartos.
Por enquanto, não chegamos a uma solução eletrônica que proporcione o mesmo conforto de leitura que encontramos nos livros e, muito menos, a algo que supra os prazeres tátil e olfativo que o manuseio dos livros proporciona. Mas o Steve Jobs ou o Professor Pardal devem estar trabalhando nisso neste instante.
Ainda há também um certo preconceito contra os e-escritores, como se o suporte em papel legitimasse o conteúdo. Como se aquilo que é realmente bom virasse livro, e fosse o que torna alguém um escritor. O território livre da web ainda é, para alguns, um paiol de bobagens voando a esmo.
Eu já publiquei cinco livros de poesia e não descarto outros, óbvio. Mas também gosto muito do esquema de produção ágil e do retorno rápido dos leitores que a Internet possibilita. E não considero o que escrevo aqui, no ambiente virtual, menor do que aquilo que escrevi em qualquer dos livros. Acho até que, neles, escrevi muita besteira. Além disso, há tantos talentos que só escrevem na Internet e que talvez nunca tenham seus nomes numa lombada de capa na sua estante.
De qualquer modo, há o caminho do meio. Com trocadilho, achei bem bacana essa ideia de juntar os meios. O romance policial “Grau 26 – A origem do mal”, de Anthony Zuiker foi lançado recentemente nos EUA e chegará ao Brasil em novembro pela Record.
A cada 15 ou 20 páginas, o leitor é convidado a entrar num site para assistir a um filminho de minutos no qual a trama avança com atores representando personagens do livro. Ou seja, parte da história está no papel e outra parte na Internet, dialogando entre si.
A propósito, hoje, começa a Bienal do Livro. Tempo de ir ao Riocentro e se enroscar nos livros fartos.
3 comentários:
nado nesse mar amarradão. suavemente revolto, profundo, cheio de coisa. fui apresentado a ele (e aos versos que queria ter escrito...) por tereza. obrigado a vocês! voltarei nadando.
Bem vindo ao mar, Angelo. "Os que buscam sob a superfície fazem-no por seu próprio risco"(Oscar Wilde)
Também estou aqui, nadando de braçada nesse mar interessantíssimo....
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