terça-feira, 15 de setembro de 2009

Balaio de ghosts

Morreu ontem o simpático ator Patrick Swayze, aos 57, após quase dois anos de luta contra um câncer no pâncreas. Swayze alcançou a fama por filmes como “Dirty Dancing” , “Road House” e “Ghost”, aquele romântico e choroso em que contracena com Demi Moore.

Rosa Mouta, do blog O Reino da Alegria, logo sapecou que o ghost havia virado ghost de verdade.

A trilha sonora daquele filme era puxada por “Unchained Melody”, na interpretação do The Righteous Brothers. Hoje, por coincidência, o amigo C., de Brasília, me indicou a versão dessa música na voz de deus. Ou melhor, na voz de Elvis Presley numa gravação feita no último show dele em Las Vegas, em junho de 1976, cerca de um mês e meio antes dele (não) morrer.

A versão é de arrepiar. Está tudo lá: o vozeirão, a interpretação vigorosa, magistral, o charme do sorriso, o olhar meio moleque. E, claro, a cafonice do figurino, a pose de star, o delírio das fãs, a decadência, a gordura, os efeitos do consumo excessivo de remédios e drogas lícitas que o abateram aos 42 anos.

Se não tivesse morrido, o Rei do Rock, teria tido Michael Jackson, o Rei do Pop, como genro por uns tempos, num casamento pra lá de esquisito com Lisa-Marie Presley. Segundo ela, Jackson tinha medo de acabar como Elvis. E, em certa medida, seu receio se concretizou com a overdose de analgésicos que o matou há alguns meses.

Bem, eu juntei todos os ghosts aqui neste balaio e na verdade a minha versão favorita de “Unchained Melody” é a do U2, que mistura desejo e aflição com muita intensidade.

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