Costumo ir à praia pedalando e não me canso de admirar a beleza da Lagoa e da orla Arpoador-Ipanema-Leblon. Sempre penso: o Rio é bonito pra cacete!
Hoje, na volta da praia, uns idiotas haviam estacionado dois carros bloqueando a ciclovia no Jardim de Alah. Tive vontade de deixar seus carros arranhados à chave com a palavra “ciclovia” para que aprendessem a respeitar. Mas respirei, contei até dez, xinguei-os e segui adiante, desviando. Mas outros ciclistas não foram tão tolerantes e fizeram pequenos arranhões e amassos nos veículos estacionados em local proibido.
Ao chegar na Lagoa, encontro uma adolescente aos prantos, recém-assaltada, sendo consolada por uma senhora.
Mais adiante, já próximo ao Rebouças, passa um ônibus lotado, com alguns rapazes com o torso estendido para fora das janelas. Um deles diverte-se apontado o braço para os pedestres e imitando o som e o movimento de tiros. Outro, fica “apenas” xingando as pessoas nas ruas.
Ai, ai. Civilização e barbárie. O Rio já não é mais tão bonito.
E para mim não funcionam os versos da música popular, gravada pelo grupo Calcinha Preta, sucesso na trilha da última novela das nove: “Você não vale nada, mas eu gosto de você!”.
Cansa gostar de quem não vale.
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