O governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli, afirmou nesta semana, referindo-se ao Ministro do Meioambiente (e dos coletes), Carlos Minc: “Se ele viesse aqui, eu ia correr atrás dele e estuprar em praça pública.” Isso após ter chamado o ministro de “veado”.
Minc respondeu bem: “Ele tem uma visão muito interessante sobre homossexualismo: eu é que sou veado e ele é quem quer me estuprar em praça pública?!”
Pois é, uma baixaria vergonhosa. Esse governador bronco com seus preconceitos, sua homofobia (que, por sinal, é crime) e a concepção equivocada e arcaica, contida na sua declaração destemperada, de que ativo não é gay, só quem é passivo é gay. Acorda!
Enquanto isso, no mundo civilizado, o prefeito de Paris, Bertrand Delanoe, e o de Berlim, Klaus Wowereit são gays assumidos. Assim foram eleitos democraticamente e sustentam altos índices de aprovação em seus mandatos.
Mas o nível dos políticos brasileiros - que já é péssimo - não tende a melhorar. Pelo menos, a julgar pelas figuras que se filiaram a partidos políticos recentemente visando candidaturas a deputado no ano que vem: Kleber Bambam (o ex-BBB), Simony (ex-cantora infantil), Rita Cadillac (ex-chacrete, pioneira de todas as mulheres-frutas), Romário (ex-craque), Edmundo (ex-jogador de futebol), e Acelino de Freitas, o Popó (ex-pugilista).
Mesmo considerando que suas intenções sejam as melhores, nenhum deles me parece muito preparado para exercer a legislatura. No entanto, graças à fama obtida em outras atividades, talvez consigam ser eleitos. E vão se juntar ao “extraordinário” elenco que já se encontra nas Câmaras estaduais, na Federal e no Senado.
Depende de nós. No voto.
Um comentário:
Só uma correção: Edmundo é ex-craque e Romário, ex-gênio...
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