domingo, 7 de setembro de 2008

The Road Not Taken

Penedo. Foto: Leandro Wirz



Quando eu era adolescente, minha mãe me apresentou a este poema do norte-americano Robert Frost, escrito em 1915. Imediatamente, tornou-se meu poema de cabeceira e pautou algumas de minhas escolhas. Publico o original em inglês, seguido de uma tradução livre.

THE ROAD NOT TAKEN

Two roads diverged in a yellow wood,
And sorry I could not travel both
And be one traveler, long I stood
And looked down one as far as I could
To where it bent in the undergrowth;

Then took the other, as just as fair
And having perhaps the better claim,
Because it was grassy and wanted wear;
Though as for that, the passing there
Had worn them really about the same,

And both that morning equally lay
In leaves no step had trodden black
Oh, I kept the first for another day!
Yet knowing how way leads on to way,
I doubted if I should ever come back.

I shall be telling this with a sigh
Somewhere ages and ages hence:
two roads diverged in a wood, and I -
- I took the one less traveled by,
And that has made all the difference.


A ESTRADA NÃO SEGUIDA

Duas estradas divergiam em um bosque amarelo
e lamentando não poder seguir por ambas
e ser um viajante, longamente eu permaneci
e olhei uma delas até o mais longe que pude,
para onde ela sumia entre os arbustos.

Então, segui a outra, igualmente bela
e tendo talvez clamor maior
porque era gramada e convidativa;
Embora quanto a isso, as passagens
houvessem lhes desgastado quase que o mesmo,

e ambas naquela manhã se estendiam
em folhas que nenhum passo enegrecera,
Oh, eu guardei a primeira para um outro dia!
Contudo, sabendo como um caminho leva a outro,
eu duvidei de que um dia voltasse.

Eu estarei contando isso com um suspiro
a eras e eras daqui:
Duas estradas divergiam em um bosque, e eu –
Eu escolhi a menos percorrida,
e isto fez toda a diferença.


Quando lecionei Ética e Legislação Publicitária, eu costumava encerrar o semestre letivo com estes versos. Afinal, falamos de liberdade, de responsabilidade, de escolhas, de ousadia e da possibilidade de fazer um mar de coisas de um modo diferente. Esta postagem é dedicada à minha ex-aluna Valentina Slaviero, que parte hoje para fazer pós em marketing em Barcelona. É que desde que aprendeu este poema, Valentina vez ou outra o declama em noites etílicas pelos bares de Brasília.

3 comentários:

Flavinha disse...

Como é bom ter amigos que podem nos oferecer cultura em doses nada homeopáticas! Adorei o blog, li todos os posts com extrema curiosidade e fico muito feliz de você ter criado um espaço para compartilhar sua poesia. A gente merece!
Sobre este poema, não conhecia (a não ser as duas últimas frases) e valeu a pena dar de cara com ele hoje, agora, quando estou literalmente parada olhando para dois caminhos distintos.
Um beijo grande, Lê!

Anônimo disse...

Ótima tradução!

Anônimo disse...

O CAMINHO NÃO ESCOLHIDO

Dois caminhos se dividiam numa mata amarelada
E infelizmente eu não podia percorrer os dois
Sendo um só viajante, por muito tempo ali fiquei
E olhei um deles até onde a vista alcançava
Até onde ele desaparecia em meio a vegetação;

E então tomei o outro caminho, de igual beleza
E que talvez fosse mais chamativo,
Porque era coberto por grama e pouco usado;
Embora seja verdade que a passagem por lá
Havia desgastado os dois caminho do mesmo tanto.

E ambos estavam ali naquela manhã
Com folhas que nenhuma pisada havia enegrecido
Ah, eu resolvi deixar o primeiro caminho para uma outra oportunidade!
Embora sabendo que um caminho leva a outro
Eu duvidei se algum dia eu voltaria

Eu contarei esta história com um suspiro
Em algum lugar daqui a muito tempo:
Dois caminhos se dividiam numa mata , e eu -
Eu escolhi aquele menos percorrido
E isto tem feito toda a diferença

(Essa é a tradução feita pelo próprio autor e eu copiei aqui)