Ontem à noite, preenchi uma lacuna em minha felizmente longa ficha corrida de shows. Fui assistir ao R.E.M. no longínquo, mas ótimo, espaço do HSBC Arena. Michael Stipe é uma das minhas vozes favoritas no mundo do rock e gosto muito dessa banda de Athens, Geórgia, na estrada há 28 anos.
22h35: no telão atrás do palco aparece digitado “Boa noite, galera do Rio”. E Stipe (voz), Mike Mills (baixo, teclados e vocais) e Peter Buck (guitarra) entram fazendo jus ao nome do último disco, que batiza a turnê: “Accelerate”. A primeira faixa para levantar o público é “Living well is the best revenge”.
Na terceira música, “What’s the frequency Kenneth?”, o careca Stipe, elegante de jeans, camisa social, gravata e blazer, começa a dar pinta e seu rebolado faria Ney Matogrosso ficar com inveja.
No show, alternam-se músicas dos muitos álbuns da banda, com ênfase no repertório de “Accelarate”, e diversos hits, ao gosto do público brasileiro: “Orange crush”, “Everybody hurts” (com coro da platéia), “Drive”, “The one I love”, Nightswimming”, esta em momento intimista com direito a selinho entre Stipe e Mills ao final.
O cenário era básico, apenas três telões ao fundo, sem pirotecnias, sem trocas de figurino. Show simples, direto ao ponto. Rock honesto, de primeira, feito por caras que dominam e gostam do que fazem.
No âmbito da diplomacia, claro, não faltou Stipe se enrolar na bandeira brasileira jogada ao palco por um fã. Isso é de lei em shows internacionais por aqui. Previsível também a publicidade que fez da Anistia Internacional, comum a artistas engajados. O inusitado da noite ficou por conta da propaganda que Stipe espontaneamente fez. Ele pegou uma lata de cerveja que estava próxima à bateria e disse, em inglês: “Não sei como pronunciar isso...Itapava? É muito boa”, afirmou, engolindo o “i” e dando mais um gole. Nem só de Budweiser vivem os americanos.
Stipe também disse que eles estavam “so fucking happy” com a eleição de Barack Obama, e surgiram imagens dele nos telões, devidamente aplaudidas.
O bis foi extenso, com cinco canções, dentre elas o carro-chefe do último disco, “Supernatural superserious”, a indefectível “Loosing my religion” e “Man on the moon”, que fechou a noite às 00h30.
Em suma, 1h55 de um showzaço! Já no bis, depois de apresentar a banda (o trio, apoiado por mais um guitarrista e um batera), Stipe sentenciou: “Nós somos o R.E.M. e isso é o que fazemos.” E fazem muito bem.
“It’s the end of the world as we know it and I feel fine”.
So fucking fine! Valeu, R.E.M.!
Ps.: eu vi uma mulher se ajoelhar e agradecer aos céus ao final do show. Eu já fiz isso uma única vez. Foi quando descobri que Deus existe e toca nos Stones. Foi na turnê de Voodoo Lounge, a primeira vez que assisti a Jagger, Richards, Wood & Watts.
22h35: no telão atrás do palco aparece digitado “Boa noite, galera do Rio”. E Stipe (voz), Mike Mills (baixo, teclados e vocais) e Peter Buck (guitarra) entram fazendo jus ao nome do último disco, que batiza a turnê: “Accelerate”. A primeira faixa para levantar o público é “Living well is the best revenge”.
Na terceira música, “What’s the frequency Kenneth?”, o careca Stipe, elegante de jeans, camisa social, gravata e blazer, começa a dar pinta e seu rebolado faria Ney Matogrosso ficar com inveja.
No show, alternam-se músicas dos muitos álbuns da banda, com ênfase no repertório de “Accelarate”, e diversos hits, ao gosto do público brasileiro: “Orange crush”, “Everybody hurts” (com coro da platéia), “Drive”, “The one I love”, Nightswimming”, esta em momento intimista com direito a selinho entre Stipe e Mills ao final.
O cenário era básico, apenas três telões ao fundo, sem pirotecnias, sem trocas de figurino. Show simples, direto ao ponto. Rock honesto, de primeira, feito por caras que dominam e gostam do que fazem.
No âmbito da diplomacia, claro, não faltou Stipe se enrolar na bandeira brasileira jogada ao palco por um fã. Isso é de lei em shows internacionais por aqui. Previsível também a publicidade que fez da Anistia Internacional, comum a artistas engajados. O inusitado da noite ficou por conta da propaganda que Stipe espontaneamente fez. Ele pegou uma lata de cerveja que estava próxima à bateria e disse, em inglês: “Não sei como pronunciar isso...Itapava? É muito boa”, afirmou, engolindo o “i” e dando mais um gole. Nem só de Budweiser vivem os americanos.
Stipe também disse que eles estavam “so fucking happy” com a eleição de Barack Obama, e surgiram imagens dele nos telões, devidamente aplaudidas.
O bis foi extenso, com cinco canções, dentre elas o carro-chefe do último disco, “Supernatural superserious”, a indefectível “Loosing my religion” e “Man on the moon”, que fechou a noite às 00h30.
Em suma, 1h55 de um showzaço! Já no bis, depois de apresentar a banda (o trio, apoiado por mais um guitarrista e um batera), Stipe sentenciou: “Nós somos o R.E.M. e isso é o que fazemos.” E fazem muito bem.
“It’s the end of the world as we know it and I feel fine”.
So fucking fine! Valeu, R.E.M.!
Ps.: eu vi uma mulher se ajoelhar e agradecer aos céus ao final do show. Eu já fiz isso uma única vez. Foi quando descobri que Deus existe e toca nos Stones. Foi na turnê de Voodoo Lounge, a primeira vez que assisti a Jagger, Richards, Wood & Watts.
Um comentário:
Não acredito que perdi o show do R.E.M... unfuckin'belivable
Postar um comentário