sexta-feira, 7 de novembro de 2008

OBAMA BAMBAMBAM


Nesta semana rufaram os tambores do Quênia ao Delta do Mississipi. Aliás, acho que por toda a América, exceto em rincões rurais do Kentucky e do Texas, e noutros, gelados, do Alaska. Em boa parte do mundo se fez festa.

Há mesmo motivos para se comemorar. É muito significativo - congratulações aos eleitores americanos – que um político negro, jovem, nascido no Havaí, com raízes muçulmanas tenha chegado à Presidência da maior potência mundial. Do ponto de vista de marketing político, sua estratégia de campanha foi brilhante. É uma enorme vitória contra o preconceito em um país que luta para se livrar de ranços racistas.

A festa é a da mudança e a da esperança. Bem vindas. Tenho a impressão de que se Hillary fosse a candidata democrata também sairia vitoriosa. E os jornais mundo afora estariam estampando manchetes, não sobre a revolução histórica de um afro-descendente no poder, mas sobre a novidade histórica de uma mulher na Casa Branca.

Os eleitores queriam mesmo o fim da era Bush. E McCain era Bush again. (perdão pela rima).

Seja como for, Obama tem uma missão extremamente árdua, que é tirar os EUA da crise em que se encontra. Deram-lhe a missão impossível de salvar o mundo. Depositam nele exageradas expectativas e isso não é saudável.

Obama é humano e não o messias. Vai acertar. E errar. Vai ser aclamado. E vai decepcionar também. Melhor para todos seria se as expectativas fossem trazidas a um patamar mais realista.
E melhor ainda será o dia em que a cor da pele de um presidente e de um cidadão, nos EUA, no Brasil ou em qualquer lugar, for uma irrelevância.


Good luck, Mr.Obama.

Nenhum comentário: