No Prosa & Verso de 4 de julho, li a crítica de José Castello ao livro “Histórias reais”, da francesa Sophie Calle. Ela esteve na última edição da FLIP, em Paraty, e sua participação em uma mesma mesa que seu ex namorado, o escritor Grégoire Bouillier, foi muito comentada.
Bouillier rompeu o relacionamento por e-mail, terminando o texto com a frase "Prenez Soin de Vous"("Cuide de você"). Calle então pediu a 107 mulheres das mais diferentes profissões que lessem e interpretassem sua reação diante daquela resposta. Esse conjunto de expressões femininas foi filmado por Calle, tornou-se uma obra de sucesso, e representou a França na Bienal de Veneza, em 2007.
Esta, portanto, não é a primeira vez que Sophie faz da sua vida, arte. Ou vice-versa.
Em seu ótimo texto, “Sophie, a encoberta”, Castello classificava o livro como “assombroso, tirado do jogo entre palavras e imagens.” Pensei, de imediato: preciso ler isto.
Ademais, quem pode resistir a essa capa? Somos mamíferos. Aí está nosso movimento mais primitivo, nosso básico instinto. Depois da primeira mamada, tudo passa a ser a busca pelo prazer.
Li o livro duma tacada só. São histórias curtas (reais?), algumas aparentemente banais, mas ao mesmo tempo estranhamente fortes, profundas, densas. Todos os microcontos são ilustrados por foto, compondo um conjunto instigante, embora algumas imagens sejam excessivamente literais.
Não sei se conseguir persuadir você, leitor(a), como José Castello e o seio de Sophie fizeram comigo. Mas vá até a livraria mais próxima, compre o livro e leia no caminho de volta para casa, no metrô.
Um comentário:
Vou ler! Beijos!!!
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