Hoje, 13 de julho, é o Dia Mundial do Rock. A data foi instituída em 1985, quando realizou-se o Live Aid, evento organizado por Bob Geldof, que reuniu um naipe de primeira linha do rock para angariar recursos para combater a fome na África.
Para mim, todo dia é dia de rock. Aos 8 anos, eu já me trancava no quarto e, no último volume da eletrola, tentava cantar e rebolar os quadris como Elvis.
No início da adolescência, cheguei a ter aulas de guitarra e teclado, mas eu era completamente indisciplinado para estudar com afinco e tinha praticamente nenhum talento musical. Não passei do bê-a-bá. Ou melhor, do dó-ré-mi. A única música que lembro como tocar é a facilíssima Love me tender, do Rei do Rock.
Menino cheio de sonhos, eu queria virar um rockstar. Sonhava em escrever e tocar ótimas canções, cantadas por fãs em estádios lotados, performances incendiárias no palco, solos alucinados de guitarra, discos de platina, groupies histéricas, surubas com louras gostosas, muito álcool, drogas, indefectíveis e permanentes Ray-ban, camarins com infinitas toalhas brancas e garrafas de uísque, quebradeiras em quartos de hotel, mansões, carrões, harleys, euforia, melancolia, solidão em meio à multidão, e morrer aos 27 de overdose.
Acho que só sobraram os óculos escuros e as tatuagens. Os longos cabelos também já se foram faz muito tempo.
Hoje vou ouvir pela enésima vez os dois primeiros discos que eu comprei com a minha mesada, há décadas. E que mudaram a minha vida. “Machine Head”, do Deep Purple e “Back in Black”, do AC/DC. Continuam sendo discos excepcionais.
Meninos nunca crescem.
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