A história é verídica e aconteceu no saguão de uma grande empresa no Centro do Rio na semana passada. Se você tem estômago fraco para escatologias, pare a leitura por aqui, porque vai feder.
Uma senhora chegava ao trabalho, e mal cruzou a catraca do edifício, foi acometida por uma violentíssima diarréia, daquelas mais rápidas do que a velocidade da luz ou do pensamento.
Sem poder nada fazer, a não ser seguir em frente, ela (desculpem-me, mas tenho que ser explícito), cagou e andou literal e rapidamente para cruzar o saguão e alcançar o banheiro mais próximo. Que, naquela situação dramática e constrangedora, parecia ficar mais distante do que o ponto onde Judas perdeu as meias (as botas ficaram muito antes pelo caminho).
As fezes pastosas lhe escorriam pelas pernas e sujavam o chão, deixando uma trilha, além de atrair todos os olhares dos que chegavam para trabalhar naquele horário. Olhares que se dividiam entre a consternação, a compaixão e o nojo, com o riso travado entre os lábios dos mais insensíveis.
Outra profissional também chegava ao trabalho instantes depois, lépida, fagueira, e completamente distraída. Talvez estivesse achando que seus saltos altos haviam vencido as temíveis pedras portuguesas que cobrem as calçadas do Centro e são o terror das mulheres. Mas o pior estava por vir naquela manhã.
A moça serelepe escorregou no rastro que a colega deixou e estatelou-se ao chão sobre a bosta!
Como desgraça pouca é bobagem, a moça, além de sujar-se com o cocô alheio, ainda fissurou o braço na queda. Teve que ser retirada do local de maca. Para limpeza e para dissipar o mau cheiro, o saguão foi interditado por alguns minutos.
Esses foram os fatos. Mas vamos além.
Se eu fosse a primeira pobre mulher, estaria trancado até agora naquele banheiro, morto de vergonha, sem coragem de sair, pensando numa maneira de, daquele mesmo lugar, sentado ali no trono, pedir minha transferência para outro planeta.
Se eu fosse a segunda pobre mulher, eu estaria de licença com o braço imobilizado xingando até a décima oitava geração da primeira pobre mulher. E de casa mesmo estaria pedindo transferência para outro planeta do sistema solar, diferente daquele para onde a primeira pobre mulher vai.
Mas, se no meio da galáxia, eu cruzasse com ela e ela me dissesse “Desculpe a merda que eu fiz”, eu iria respirar fundo (mas nem tanto, por causa do cheiro), contar até dez e...perdoá-la.
Afinal, shit happens.
Video de estréia! | 13anosdepois
Há 9 anos
8 comentários:
Sensacional! É real o acontecido? Caramba, muito boa!!! Coitadas das mulheres, fiquei imaginando a cena!!!
Como dizem os cariocas (e eu adotei): "caraca maluco!"
Jura que não me mostra quem foram as envolvidas?
Melhor do que o fato são suas conclusões. Eu jamais voltaria a trabalhar.. Jamais!!! Finally, ótimo o trocadilho do título.
Gostei do perdão no final! A história é mesmo verídica? Como ficou sabendo?
By the way, também amo "The Road not Taken" de Frost. One of my heart poems.
TeraCris, obrigado pela visita ao blog, volte sempre. Como fiquei sabendo? Um jornalista nunca revela suas fontes. Mas, sim, é verídica. Coitadas das moças.
The Road Not Taken é O poema.
mais dramático que isso só a animação Happy Tree Friends!
Leandro Wirz, nem me lembro como vim parar aqui,mas ADOREI,não somente a estória mas principalmente a forma como vc a descreve SENSACIONAL Parabéns pelo blog + uma seguidora.
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