quinta-feira, 18 de junho de 2009

Ouvir alto



Eu amo Nando Reis. Você provavelmente ama também, mesmo que não saiba disso. Afinal, além das canções que ele mesmo grava, ainda compõe vários hits para outros artistas: “Aonde você mora?” (Cidade Negra), “Diariamente” (Marisa Monte), “Do seu lado” (Jota Quest), “O segundo sol” (Cássia Eller), “Resposta” (Skank) e “Ainda gosto dela” (Skank) são alguns exemplos.

Declarado o amor, eis que fui rapidamente completar a coleção e comprei “Drês”, o recém-lançado oitavo disco solo.

È mais do mesmo. E o mesmo é bom. Não tem grandes inovações, grandes diferenças em relação aos trabalhos anteriores, só um pouco mais de peso. É estilão Nando Reis, com seus rocks e suas baladas e o coração aberto. Ou melhor, rasgado. Tem música pra filha (desta vez para Sophia, apresentadora da MTV), pra mãe e pelo menos três para Adriana (Dri), a mais recente ex-mulher. Afinal, Nando é do tipo que trocou a eternidade por esta noite.

Poucos artistas tem créditos acumulados e legitimidade o bastante para cometer versos como “Baby, eu queria ser seu violão” ou “Guarde esse amor / ele é todo seu / lindo como a flor / livre como um deus” e ainda assim não soar absolutamente ridículo.

Eu endosso a recomendação impressa na capa do disco: "Ouvir alto".

Além disso, quem já assistiu a algum dos seus shows ou ouviu até furar o excelente álbum “MTV Ao Vivo”, sabe da vibração que rola nos shows dele, especialmente na parte do “Bailão do Ruivão” em que Nando, muito bem acompanhado pelos Os Infernais, incendeia a galera.

Falando nisso, neste final de semana, tem show de Nando Reis no Canecão, aqui no Rio. É mais do mesmo. E o mesmo é muito bom

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