quinta-feira, 25 de junho de 2009

Michael Jackson não morreu



Michael Jackson está morto e eu estou triste. É bem provável que aqueles que têm menos de 30 anos não tenham a exata dimensão de quem foi Michael. Do quanto ele significou para a música pop, para a break dance, para a indústria fonográfica e para a realização de videoclipes. A era dos videoclipes divide-se entre antes e depois de Michael Jackson. E também do quanto abriu caminho para que o hip-hop se tornasse a música mais consumida da América, inclusive entre os brancos.

Para os mais jovens pode ser que Michael Jackson seja apenas o astro decadente, o possível pedófilo (embora tenha sido inocentado ao fim do processo em 2006), o negro que se tornou branco que se tornou uma criatura de aparência andrógina e bizarra, o sujeito de comportamentos esquisitos e gastos extravagantes.

Tudo isso embaça a imagem, mas não diminui a genialidade do artista que Michael Jackson foi. Desde que despontou, menino ainda, caçula entre os irmãos do Jackson Five, Michael revelou um talento muito acima da média. Em carreira solo, gravou álbuns brilhantes até chegar jovem demais ao ápice com Thriller, imbatível na lista dos mais vendidos de todos os tempos. Depois do auge, como é da natureza, não conseguiu superar o que já havia feito anteriormente e, aliada a uma vida pessoal atribulada, veio a decadência.

Michael preparava-se para um retorno a partir de shows que faria em Londres em julho e continuariam até o próximo ano. Não deu tempo. O garoto precoce, que nunca soube ser um adulto, morreu precocemente aos 50 anos.

Elvis, o Rei do Rock, não morreu. Michael Jackson, o Rei do Pop, não morreu.

Um comentário:

Lean Valente disse...

eu conversava com um amigo que disse "o chato é que não vai dar pra saber se a volta dele aos palcos seria genial ou um fiasco". e eu disse "cara, é por isso que ele é um mito. o mistério só serve pra confirmar isso"