A notícia da morte chega de avião numa manhã cinzenta de segunda-feira. Vem difusa, entre nuvens de tempestade e informações dispersas, à espera agoniada de uma confirmação. Ou melhor, vem com a vã esperança de que tudo não passe de um pesadelo.
Aos poucos, o número de mortos, antes abstração matemática, dado estatístico, se humaniza. A morte ganha contornos nítidos, feições. A morte tem nome. E é alguém próximo, querido. Alguém com história, trajetória, planos. Alguém que sorri. E aí dói mais, dói muito mais.
A morte quando chega perto nos deixa ver com mais clareza que a vida é inadiável.
Desapareceu na noite de ontem, quando sobrevoava o Atlântico o vôo AF 447 da Air France. Meu respeito pelas vítimas do acidente e minha solidariedade aos seus familiares. Que tenham paz.
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