terça-feira, 14 de abril de 2009

Lord, have Mercy

Madonna e Mercy no Malawi. Foto: The Sun
A cantora, atriz e escritora Madonna tentou adotar uma menina de 3 anos, nascida no Malauí, chamada Mercy James.

O Malauí (ou Malawi) fica no Sudeste da África, encravado entre Moçambique, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabwe. Esta foi provavelmente a primeira vez que você ouviu falar desta nação. E talvez seja a última.

Há alguns anos, Madonna adotou o menino David Banda, também nascido naquele país. Na época, o governo do Malauí foi alvo de críticas ao ter permitido a adoção de David, e acusado de favorecimento a Madonna, uma vez que a lei do país proíbe a adoção de crianças por parte de não residentes.

Agora, no caso de Mercy, o pedido foi negado porque a cantora não preencheu alguns requisitos fundamentais, como estar casada e morar no Malauí por 18 a 24 meses. Madonna entrou com recurso na Justiça do Malauí, insistindo na adoção.
«Quero dar à Mercy uma casa, um bom ambiente familiar e a melhor educação e cuidados de saúde», contou Madonna, numa entrevista por email a um jornal do Malawi, citado pela Reuters.

Vamos dar um salto no tempo para daqui a dez ou vinte anos. Mercy James fica sabendo que poderia ter tido outra vida. Além do amor, do afeto e do ambiente familiar, ela poderia ter tido uma vida cheia de oportunidades. Com acesso à educação de qualidade, cuidados médicos, viagens por todo o mundo, conforto, boa alimentação, e muitas outras coisas ótimas que o dinheiro de Madonna pode lhe proporcionar. Além, é claro, de se tornar herdeira da fortuna, junto com os irmãos Lourdes, Rocco e David.

Imagine a “alegria” de Mercy ao se dar conta de que poderia ter tido tudo isso, mas algum burocrata se arvorou no direito de lhe fechar esta porta. Se eu fosse Mercy, eu teria muito ódio desse sujeito que indeferiu o pedido de adoção. É como tirar a sorte grande na loteria e literalmente vem alguém e tira o leite da boca da criança. O sujeito pode ter pensado em muitas coisas, mas com certeza, em seu apego inflexível a lei, não pensou no que seria melhor para Mercy.

10 comentários:

Marcelo Grossi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marcelo Grossi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marcelo Grossi disse...

Eu preferiria, Wirz, uma existência mendicante no Malauí à adoção por uma "cantora, atriz e escritora" que arrebata fãs de uma musiquinha até mais medíocre que eles mesmos...

Madonna? Não, obrigado.

Denise disse...

Amigo, entendo seu ponto de vista mas LEI É LEI. Não questiono a validade dessa lei. Na verdade, não concordo com ela. Mas não se pode ignorar e passar por cima da lei, nem mesmo quando se trata da Madonna. Nesse caso, a lei do país deve ser mudada.

Denise disse...

BTW, quais foram os comentários removidos?

Leandro Wirz disse...

Respondendo à Denise: não sei quais foram os comentários removidos. Eles foram deletados pelo(a) autor(a) antes mesmo que eu os lesse. Fiquei curioso também. Fica o convite para quem os escreveu, que o faça novamente.

Marcelo Grossi disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Marcelo Grossi disse...

Wirz, fui eu quem os escreveu e, posteriormente, os excluiu. Sim, exclui os outros comentários porque pareciam ainda mais preconceituosos do que o que ficou para a posteridade...

Leandro Wirz disse...

Então, está esclarecido o mistério. Grossi, bem vindo ao mar.

Marcelo Grossi disse...

E finalmente, Wirz, o Malauí concede à Ma(n)donna mais um "pretinho", que ela vai fingir que é filho dela...

Ou não.