Saca só este flagrante de psicodelismo no bairro da Fonte da Saudade, no Rio. A palavra “rock” grafitada em múltiplas cores no muro e cogus brotando ao sol.
Ao topar com esses cogumelos que nasceram depois de dias de chuva, graças ao adubo das fezes dos cachorros, e não do estrume dos bois, pensei em velhos conhecidos da geração Woodstock-Mauá, bichos-grilo totais, que poriam para tocar um velho vinil prog do Yes e convidariam para o chá das cinco.
Será que a psicodelia dos anos 1965 a 1975 é fonte de saudade para alguém? No Brasil, era tempo de censura, de gente sendo calada e morta nos porões da ditadura militar. Tempo de drogas lisérgicas usadas ingenuamente como forma de abrir canais de percepção e sensibilidade. Por outro lado, era um tempo de liberação sexual, de luta por igualdades de direitos para mulheres, negros, homossexuais e tempo de rock do bom. Para mim, era ainda tempo da infância brincando com os primos no quintal da Vó.
Depois eu cresci um pouco e sonhei tocar como Hendrix:
“Not necessarily stone, but beautiful”.
Video de estréia! | 13anosdepois
Há 9 anos
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