O grande amigo H. diz que eu sou o “Homem das Coincidências”. Começo a crer que tem coisas que só acontecem comigo.
Conheci T., minha atual - e última – mulher aos 37 anos. Até aí, nada demais. A questão é que nossos pais moram na mesma rua. Moramos na mesma rua toda a adolescência. Ela passava na minha porta todo dia indo para a escola. Eu e meu cunhado tivemos amigos em comum. E eu nunca a vira antes do dia em que, morando em Brasília e passando férias no Rio, a encontrei por acaso (ou destino) num bar em Laranjeiras.
Logo no início de namoro, estava no corredor do escritório quando ouvi C.A. dizer ao telefone: “Leandro Wirz? Conheço, sim, está passando bem na minha frente agora.” Era o nobre amigo H quem estava do outro lado da linha. Ele trabalhava no Rio com T., de quem é o melhor amigo. E H. é irmão de C.A., que trabalhava comigo em Brasília.
Eu já me envolvi com três mulheres chamadas Aline. Não é um nome tão comum assim. Isso sem contar duas amigas Aline sendo que, uma delas, vejam só, tem o mesmo nome e sobrenome da minha primeira esposa. Se você se chamar Aline e estiver lendo este texto, isso é uma coincidência!
No começo da década de 90, no Rio, eu tive um Gurgel, tipo jipinho, placa 8582. Em 2002, em Brasília, comprei um carro na concessionária Fiat e quando fui buscá-lo depois do emplacamento, os números eram 8582.
No verão passado, estava na praia de Ipanema e H. (que coincidência, sempre ele!) me apontou um sujeito a três metros de distância com uma tattoo idêntica a uma das minhas. E posso lhes assegurar que o desenho não é nada vulgar. É um trabalho de um bem conceituado artista que se divide entre Tóquio e Sampa, do qual eu havia visto uma foto.
Outro dia, saí de casa rumo ao Centro e à minha frente no Aterro do Flamengo, estava um MP Lafer marrom conversível, com estofado em couro branco, dirigido por um senhor. No final da tarde, voltando, novamente no Aterro, o mesmo carro está à minha frente outra vez.
Eu trabalhava numa empresa no Centro da cidade. Depois, fui trabalhar noutro bairro. Menos de dois meses se passaram até que A, minha mais chegada amiga de trabalho no Centro, mudou de emprego e foi para uma empresa que funciona no mesmo prédio onde estou.
Em 2004, entrevistei M.C, uma candidata a estágio em Brasília. Em 2007, quando eu estava selecionando profissionais para preencher uma vaga, agora já no Rio, quem aparece? M.C. outra vez.
Já contei aqui no blog que, num restaurante “não-turístico” de Buenos Aires, um cara entrou com uma camisa igual a que eu estava usando e não era um modelo básico e nem era de nenhuma marca globalizada.
A mais recente coincidência da lista é que eu estava visitando o Metropolitan de Nova York quando ouço C.P. me chamar. Era o dia do aniversário dela e o meu seria dali a quatro dias. Ambos comemorávamos da mesma forma. Na noite seguinte, em plena Times Square lotada, esbarrei com quem? Sim, C.P. Mais alguns dias adiante, estava no aeroporto de Atlanta – e não mais em NY - aguardando minha conexão para o Rio. E quem está lá? Sim, de novo C.P., que voltaria no mesmo voo.
Acho que o apelido que H. me deu não é mera coincidência.
Video de estréia! | 13anosdepois
Há 9 anos
7 comentários:
L.
Adorei o texto.
Bjs,
A.
rsrsrsrsrs
Lê,
adorei o post. Haja coincidências, hein!?!
Senti saudades dos seus textos.
Nas próximas férias não pára o blog não!
Beijos.
Leandro, que texto gostoso de ler!! Eu também sou a favor de você não tirar férias do blog!!
Bjoss
Eu participar de pelo menos 3 dessas coincidências foi apenas uma coincidência com o seu apelido...
Caramba, sua vida tem mais coincidências que a minha! A que temos em comum foi um grande presente. Diria que foi mesmo um marco na minha vida. Ah! Àquele episódio acrescentaria a presença de D. na entrevista.
Quem diria...
Adoro coincidências!
M.C.
Beibe, coincidências não existem. Ou melhor: existem o tempo todo. A diferença é a capacidade, o interesse e a sensibilidade para se prestar atenção a elas. Que o senhor, como se percebe, tem de sobra. Beijo!
Agora, sinceramente, a placa do carro foi foda.
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