Eu considero o surf um dos melhores esportes. Quisera eu ser valente e habilidoso o bastante para encarar as grandes ondas. Na adolescência, sequer consegui ficar em pé sobre uma prancha e o máximo que fiz foi descer umas marolas lulescas com uma prancha de body board. Também acho bacana o estilo de vida associado ao esporte, aquela coisa de acordar cedo para ver se o mar está flat ou se tem ondas quebrando, passar o dia n’água, o contato intenso com a natureza, a mistura de prazer e receio, o desafio, a adrenalina etc. Além disso, o surf sempre rendeu boa parceria com a música.
Dito isso, comprei um combo mega duplo de pipoca e Coca-cola e fui para a minha sessão da tarde: o documentário Surf Adventures 2. Cinema cheio, com platéia visivelmente formada por iniciados, iniciantes e marias prancha.
No filme, um grupo de surfistas brasileiros, em sua maioria da nova geração, percorre continentes em busca dos melhores picos: vão ao Peru, ao México, ao Chile, à Austrália e ao Taiti. E também surfam no Rio de Janeiro e na pororoca do Rio Araguaia, no Amapá, ao mesmo tempo fascinante com sua longa duração e assustadora com seu ruído e sua água escura. A onda perfeita quando se está sobre ela olhando o rio liso a sua frente. E apavorante quando se cai da prancha e não se vê mais nada.
O documentário era para ser assistido como um grande vídeo-clipe ou um programa do National Geographic ou Discovery Channel. As tomadas aquáticas e as paisagens mostradas são belíssimas. Lugares incríveis, ondas excepcionais. Mas neste segundo filme, erraram a mão. A trilha sonora não é das melhores, salvando-se uns solos de guitarra e duas do Bob Marley. Tem muita música nacional ruim, exceção feita a uma boa versão de Maracatu Atômico.
Rechearam as cenas que realmente interessam com muita conversa entre os surfistas. Aí, vira praticamente uma comédia. Ao descrever a performance de dois colegas, um surfista expressa-se de maneira rudimentar e onomatopéica: “Ele desce a onda assim, buom-buom-buom e o outro já faz assim, tim-tim-tim”. Entendeu?
Noutra cena, o cara manda essa: “O tubo é minha suíte presidencial”. Surreal. E tem o surfista que elogia o bairro carioca onde ele pega onda e emenda dizendo que, por isso, perdeu o medo de espíritos. Hã? Desculpa, mas acho que tomei um caldo e não acompanhei o raciocino.
Saí do filme com a impressão de que ele reforça o preconceito contra os surfistas. O mesmo do qual padecem as louras. Eles parecem bem melhores enfrentando com bravura as maiores ondas do que tentando estabelecer um diálogo “irado”. E eu daqui da areia sigo invejando-os exclusivamente pelo que são capazes de fazer dentro d´água.
Dito isso, comprei um combo mega duplo de pipoca e Coca-cola e fui para a minha sessão da tarde: o documentário Surf Adventures 2. Cinema cheio, com platéia visivelmente formada por iniciados, iniciantes e marias prancha.
No filme, um grupo de surfistas brasileiros, em sua maioria da nova geração, percorre continentes em busca dos melhores picos: vão ao Peru, ao México, ao Chile, à Austrália e ao Taiti. E também surfam no Rio de Janeiro e na pororoca do Rio Araguaia, no Amapá, ao mesmo tempo fascinante com sua longa duração e assustadora com seu ruído e sua água escura. A onda perfeita quando se está sobre ela olhando o rio liso a sua frente. E apavorante quando se cai da prancha e não se vê mais nada.
O documentário era para ser assistido como um grande vídeo-clipe ou um programa do National Geographic ou Discovery Channel. As tomadas aquáticas e as paisagens mostradas são belíssimas. Lugares incríveis, ondas excepcionais. Mas neste segundo filme, erraram a mão. A trilha sonora não é das melhores, salvando-se uns solos de guitarra e duas do Bob Marley. Tem muita música nacional ruim, exceção feita a uma boa versão de Maracatu Atômico.
Rechearam as cenas que realmente interessam com muita conversa entre os surfistas. Aí, vira praticamente uma comédia. Ao descrever a performance de dois colegas, um surfista expressa-se de maneira rudimentar e onomatopéica: “Ele desce a onda assim, buom-buom-buom e o outro já faz assim, tim-tim-tim”. Entendeu?
Noutra cena, o cara manda essa: “O tubo é minha suíte presidencial”. Surreal. E tem o surfista que elogia o bairro carioca onde ele pega onda e emenda dizendo que, por isso, perdeu o medo de espíritos. Hã? Desculpa, mas acho que tomei um caldo e não acompanhei o raciocino.
Saí do filme com a impressão de que ele reforça o preconceito contra os surfistas. O mesmo do qual padecem as louras. Eles parecem bem melhores enfrentando com bravura as maiores ondas do que tentando estabelecer um diálogo “irado”. E eu daqui da areia sigo invejando-os exclusivamente pelo que são capazes de fazer dentro d´água.
Um comentário:
parabéns pelo blog! curioso e interessante
te linkei pelo post http://mardecoisa.blogspot.com/2008/10/fora-sempre.html
enfim, bom blog, o seu
;)
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