A declaração de Martin não surpreendeu ninguém, ele sempre deu pinta. Mas enfim, ele quis se afirmar e se sentiu aliviado (sem trocadilhos de novo) por tirar esse peso das costas (sem trocadilhos mais uma vez).
Autodeclarar-se gay é uma escolha pessoal. Cada um sabe de si, o que perde e o que ganha fazendo tal afirmação. De maneira geral, nossa sociedade é muito preconceituosa e ninguém deve nenhum tipo de satisfação sobre sua sexualidade (a não ser, óbvio, se cometer algum crime, como estupro ou pedofilia).
Ninguém tem obrigação de dizer se é ou não, mas acho bom quando uma figura pública afirma ser gay. Embora a mídia faça estardalhaço muito maior do que o necessário ou do que o benéfico, penso que a atitude pode ajudar a derrubar o preconceito e a mostrar que pessoas talentosas, competentes, legais, bacanas etc etc são homossexuais e isso não diminui em nada suas virtudes. O cara que você tanto admira é gay. E continua igualmente admirável.
Ricky Martin, George Michael, Michael Stipe (R.E.M), Rob Halford (Judas Priest), Elton John, Neil Tennant e Chris Lowe (Pet Shop Boys), Boy George, Fred Mercury, Mika, Erasure, Right Said Fred, Scissor’s Sisters, Cazuza, Renato Russo são alguns dos pop stars que assumiram sua homossexualidade. O Morrissey, eu acho que nunca disse com todas as letras, mas nem precisa, né?
O mais importante nesses caras não é sua sexualidade, é seu talento.
Mas só para esclarecer: eu não curto a música de Ricky Martin, ok?
O assunto Ricky Martin rendeu no Twitter, com mensagens de apoio ao cantor e muitas piadas – algumas delas atropelando o famigerado politicamente correto e, por isso mesmo, boas. Por exemplo, o nome do principal hit de Martin foi rebatizado para “Livin’ La Bicha Loca”. E após sua assunção, são aguardadas agora declarações de Robbie, Ray, Roy e Charlie, seus ex-companheiros de Menudo. Não se reprimam.
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