Conheci o Fabio Grando por meio de alunos que se tornaram meus amigos, especialmente o Leo e o Nandi. Fabio não foi meu aluno. Ele era estudante de jornalismo e eu, professor do curso de publicidade e propaganda no Uniceub, uma universidade particular em Brasília. Mas Fabio assistiu a umas aulas minhas, e, em função dos amigos em comum, estivemos juntos em algumas ocasiões divertidas.
Em 2006, Fábio mergulhou de ponta numa piscina e bateu com a cabeça no fundo. Um acidente similar ao que o escritor Marcelo Rubens Paiva descreve logo no início de seu romance autobiográfico, “Feliz Ano Velho”.
Fabio fraturou a quinta vértebra na altura do pescoço e ficou tetraplégico aos 22 anos. Desde então, com cirurgia, fisioterapia, disciplina e muito esforço, ele conseguiu recuperar os movimentos dos braços, mas não os das mãos e os das pernas.
Mesmo depois do acidente, após meses de internação, ele voltou para a faculdade e concluiu o curso.
Recentemente, Fábio iniciou uma campanha – “Bora, Fabito!”- para arrecadar recursos para pagar um tratamento mínimo de seis meses nos Estados Unidos, no Project Walk, um centro para recuperação de lesões da medula. Ele precisa juntar US$ 55 mil. Para isso, além dos pedidos, tem promovido, com a ajuda dos amigos, eventos, rifas e o que mais puder refletir em recursos para o tratamento.
Está tudo melhor dito no blog do Fabio
http://www.fabiogrando.blogspot.com/
Mas tomei a liberdade de transcrever um trecho do post “Minha História”, que ele publicou no blog em 18.01.2010.
“Aprendi a conviver com as minhas limitações e a aceitar o que me aconteceu. Porém, apesar de aceitar o meu acidente e as consequências dele, eu jamais irei me conformar com o ocorrido. Passo os dias a procura de algum tratamento, de uma nova forma de fisioterapia, de qualquer coisa que possa me ajudar a melhorar, nem que seja um pouco.
Algumas pessoas se assustam quando me escutam dizer que o que me incomoda não é o fato de estar em uma cadeira de rodas, com isso consigo conviver facilmente. O que incomoda é o fato de não poder mexer as mãos, o que me torna uma pessoa completamente dependente. Sem poder sequer buscar um copo d’água ou sair da cama para a cadeira sozinho.
É por esse entre outros motivos, que jamais vou desistir de buscar a minha recuperação. E por isso peço a ajuda de vocês para que eu possa realizar um sonho, de ir até San Diego nos Estados Unidos e ter a chance de participar do Project Walk. Voltarei andando? Não sei, mas quero ter a chance de ver e aprender no que eu ainda posso evoluir.
(...)
Se não for pra voltar a andar, que pelo menos eu consiga me tornar uma pessoa independente. Eu jamais deixarei de acreditar.”
Se você quiser fazer algo pelo Fábio, eis os dados da conta:
Banco do Brasil
Ag: 3596-3
Cc: 9411-0
Titular: Fábio H. F. Grando
Um pequeno gasto pode ser um grande gesto.
Obrigado.
Um comentário:
Não sabia disso, Lê.
Também vou ajudar e divulgar essa campanha. Gosto muito do Fábio, um menino muito atencioso, gente fina mesmo. Um beijão pra vc.
Fran
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