Foto: Leandro Wirz Hoje, o sol forte na moleira me deixou de cabeça quente. Então, eu vou dar pitaco, vou meter o bedelho mesmo sem ter sido chamado. Afinal, faz mais de 20 anos que este é um país livre e opinião é que nem ...
Eu que sou bobo, mané, trouxa, leiguinho da silva, ignorante de toda a filosofia que há entre o céu e a terra e eu nem posso sequer supor, confesso que não entendi a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a extradição do italiano Cesare Battisti.
Eu achava que supremo é aquilo que está acima. E não em cima. Do lado de cá do muro, pelo que humildemente entendi, as excelências decidiram que não decidem. Ora, na minha cabeça existem os pareceristas e os decisores. Os primeiros compilam informações, elaboram análises, justificativas e propostas. Instrumentalizam os segundos para que estes possam então decidir. Eu achava que o Supremo era para dar a palavra final.
Além disso, não é meio arriscado, a corte que é a instância máxima do Poder Judiciário autorizar o Poder Executivo a desobedecê-la? Isso não abre perigoso precedente? Ok, não é desobedecer, porque não foi uma determinação, foi uma recomendação. Mas aí voltamos ao início: se a instância máxima abdica de decidir, então a quem se apela? Ao Papa?
Com todo respeito, são inquietações deste cidadão ignorante. No mais, eu voto pela extradição (Eu avisei que ia dar palpite). Mesmo que as ações de Battisti tenham tido motivação política, não justifica matar quatro pessoas. Se Battisti é culpado ou inocente por essas mortes, a Justiça italiana já julgou. Eles decidiram.
E o filme do Lula? Acho mesmo que a vida dele dá um filme e que pode até ser bom. Eu não vou ver, de qualquer forma. O que está em questão não é o Lula, nem a obra de arte cinematográfica. Mas sim os aspectos éticos envolvidos na produção e no lançamento.
Fazer e lançar um filme sobre um governante, seja ele quem for, enquanto ele está no poder é uma bajulação interesseira que me enoja. Já pensou se a moda pega e resolvem fazer a minissérie “As viagens de Cabral”?! Não o navegador português, mas o governador do Rio. Ou se uma escola de samba resolve fazer o enredo do Carnaval 2010com o título: “Perfeita paz, prefeito Paes”?! Ou se o Serra vira enredo da Vai-Vai em São Paulo? Não pode. Ou melhor, não deve.
Se, como disseram os produtores, o processo do filme começou no longínquo 2003, então não custava tanto assim esperar mais um aninho para lançá-lo após as eleições. Seria mais bonito. Agora o filme fica reduzido à peça de campanha escrachada.
Mas a questão mais importante sobre a qual eu quero opinar é a intenção da prefeitura de proibir a venda de côco verde nas areias cariocas. A alegação é falta de condições apropriadas de armazenamento e higiene, além da sujeira deixada nas praias. Ideiazinha mais besta essa, né não? Tá faltando serviço?
ps.: escrevi este texto há alguns dias, esqueci de publicá-lo e ele caducou em parte. Agora, o côco já foi liberado nas praias. Ufa! No mais, tudo na mesma. Hoje, o sol forte na moleira...
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