A seguir, trechos do texto "As idéias não correspondem aos fatos", de Arnaldo Jabor, publicado hoje em jornais brasileiros:
"Que palavras para designar a paralisia do político brasileiro que vai muito além do conservadorismo, do desejo do fixo? Que nome dar a este melaço da alma que odeia as reformas e o novo? Podemos chamar políticos de reacionários - tudo bem - mas como nomear a linfa ancestral que os alimenta? Que visgo brasileiro é esse que anima os empatadores do progresso? É uma pasta feita de egoísmo, preguiça, escravismo colonial que movimenta essas matilhas de canalhas. Que nome dar a isso? A gosma do mesmo?"
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"Que outra palavra para nomear a idéia atual de felicidade? Ser feliz hoje é excluir o mundo em torno, como grades em edifícios de luxo. Ser feliz é pelo não. Hoje no Brasil é não ver a miséria, não se preocupar com o país, não acreditar em nada.
Ser feliz: nada ver, nada ouvir. Ouvidos moucos, antolhos, visão seletiva. Neofelicidade? Ou in-feliz-cidade?"
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"Não há mais palavras para exprimir nossa indignação ou será que não temos mais indignação para exprimir em palavras?"
Video de estréia! | 13anosdepois
Há 9 anos
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