terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Minha deusa




Leia o poema. Entenda. (Ou não). Interprete. Imagine. (Re)Crie. Viaje nas possibilidades de significados. E,se quiser, me conte.

"A uma deuza

Tu és o quelso do pental ganírio
saltando as rimpas do fermim calério,
carpindo as taipas do furor salírio
nos rúbios calos do pijón sidério.

És o bartólio do bocal empírio.
Que ruge e passa no festão sitério,
em ticoteio de partano estírio,
rompendo as gambas do hartomogenério.

Teus lindos olhos, que têm barlacantes,
são camensúrias que carquejam lantes
nas duras péleas do pegal balônio;

são carmentórios de um carcê metálico,
de lúrias peles, em que buza o bálico
em vertimbáceas do cental perônio."

Luiz Lisboa


ps.: para ilustrar este texto de um antigo poeta, escolhi resgatar a capa de um disco da cantora Rosana, que fez muito sucesso nos anos 1980 com o hit brega "O amor e o poder", aquele do refrão  "Como uma deusa...". Lembram?

ps.: agradeço ao velho companheiro Cadu Ocáriz, também poeta, que me enviou esta pérola.

2 comentários:

hernani.miranda disse...

Prefiro muito mais aquele locutor de rádio, o Carro Velho, pois ele é estrogonoficamente sensível e seus elogios são inoxidáveis, batráquios, ou seja, rélpis!!!

Sergio Ramoz disse...

Cada um se alimenta do que melhor lhe apetece!

"COMO UMA DEUSA..."

Muito bom lembrar de Luis Lisboa!

Nascido no estado que é o maior produtor de óleo de babaçu - e daí se diz que:
No Maranhão, babaçu abunda! creia ou não.