No preâmbulo do ótimo espetáculo “A alma imoral”, a atriz Clarice Niskier diz que não lê os livros que ganha de presente. Porque sequer tem tempo para ler todos os que escolheu comprar.
Sigo mais ou menos a mesma lógica, mas quando quem me presenteia é pessoa muito querida e acerta o meu gosto, o livro ganho fura a fila dos comprados.
Foi assim com “Ao som do mar e à luz do céu profundo”, romance de Nelson Motta ambientado na charmosa Copacabana de 1960.
Delícia de leitura. Do tipo que prende. Há em algumas passagens um preciosismo enfadonho nos detalhes, mas que não chega a comprometer a fluência da história. Nos capítulos finais, a narrativa fica mais seca e ágil, melhor. E há reviravoltas surpreendentes.
O livro faz uma belíssima crônica dos costumes da época, em uma história repleta de desejos, traições, preconceitos, superações, generosidades e mesquinharias típicas de todos nós.
Se você gosta de “A vida como ela é”, de outro Nelson, o Rodrigues, vai gostar dessa leitura também.
3 comentários:
Leandro, já fazia parte do cardume de fato, agora sou de direito também. E sem querer ser chato, que tal passar o "Travessuras...." pra frente da fila?
Celso, mea culpa, mea maxima culpa. Travessuras é o próximo!
Ai, que honra! ôhm! Já te disse que é muito querido e que mora no meu coração?
Beijinho para ti.
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