terça-feira, 15 de junho de 2010

Brasilzinho

Enquanto era executado o hino da Coreia do Norte (República Popular Democrática só pode ser ironia, né?), um de seus jogadores chorava copiosamente, numa demonstração exacerbada de patriotismo. Mal sabia eu que, durante o jogo, eu também teria vontade de derramar muitas lágrimas. De raiva.

No primeiro tempo, com uma preguiça baiana e sucessivos toquinhos laterais improdutivos, o Brasil foi um time de Zinhos.

Ao contrário de mim, minha mulher adorou o primeiro tempo. Dormiu o tempo todo e não houve vuvuzela, morteiro ou caca de Kaká que a despertasse.

Na hora do intervalo, mudei de canal para o Multishow para assistir ao programa “Na hora do intervalo” que apresentava ótimos comerciais de automóveis. Quase não voltei para o jogo.

Mas sou masoquista. Só isso explica eu assistir à partida com a narração do rrrrrrrrrrrrrridículo Galvão Bueno. É que, confesso, gosto dos comentários do Falcão e do Casagrande.

Na segunda etapa, o time melhorou muito e foi ruinzinho. Eu já estava quase torcendo para a Coreia do Norte. O Brasil levou espantosos 55 minutos para conseguir fazer um gol e, quantas vezes assista ao replay, tantas eu pensarei que o gol do Maicon foi pura sorte. O Elano fez um belo segundo gol e, na sequencia, saiu de onde nunca devia ter entrado: do time. No final, conseguimos levar um gol dos coreanos. Por sinal, um gol bacana, em jogada rápida de contra-ataque.

O time da Coreia do Norte é tão ruim quanto o ditador daquele país. É um monte de Kim, Cha, Jong, Hong, Kum, Pum, Guk que jogam um futebol impronunciável.

Por enquanto é isso. E isso é quase nada. Vamos em frente, vencendo sem jogar. Domingo, no segundo round da Copa, teremos a droga do time versus o time do Drogba.

3 comentários:

Mirelle Matias disse...

Eita que foi sofrido viu? To com dor nos ombros até agora!

Seu texto ficou muito bom e a conclusão melhor ainda!Tao boa que plagiei la no meu blog, pode?

Marcelo Grossi disse...

Eu achei ótimo o jogo contra a Coreia do Norte. Sou adepto fervoroso do dunguismo no futebol.

Tem que jogar feio e fazer pouco gol. Em 1982, as jogadas eram plásticas, e não passou de uma mise-en-scène que não trouxe título.

Em 1994, com Zinho, Raí e outros jogadores medíocres, como o capitão Dunga, comandados pelo Carlos Alberto Parreira, conquistamos o tetra. Graças ao Roberto Baggio, claro.

O mesmo Parreira, em 2006, com jogadores consagrados internacionalmente, perdeu para a França.

O dunguismo não vende ilusões. Quem espera um futebol bonito de duas dúzias de Dungas, deve dormir e acordar depois da última partida do Brasil na Copa de 2010.

Marcelo Grossi disse...

A Bosta do Marfim é o Fluminense da África!

E o Drogba é o Ronaldinho Gaúcho deles!