Futebol como metáfora da vida desperta paixões, etc & tal, blá, blá, blá que já sabemos. Assim como a vida, futebol não é um troço justo.
Se fosse, vários canecos estariam em outras mãos. Por exemplo, em 1950 não teria havido o Maracanazo e o Brasil, anfitrião, teria erguido a Jules Rimet pela primeira vez. Em 54, a Hungria de Puskas bateria a Alemanha. Em 66, o Portugal de Eusébio teria chegado à final e ficado com o título. O Carrossel Holandês de Cruyff em 74 e a Laranja Mecânica em 78 teriam sido bicampeões. E em 1982, aquele time espetacular montado por Telê Santana, com Júnior, Falcão, Sócrates e Zico, merecia mais do que qualquer outro ter sido campeão do mundo.
Os dois vice-campeonatos holandeses e a derrota do Brasil para Itália na Copa de 1982 prestaram um enorme desserviço ao esporte. O futebol bem jogado, bonito de se ver, involuiu a partir daí com seleções burocráticas, porém eficientes, triunfando.
Agora, a Copa faz um intervalo no ano de 2010 e os olhos do mundo se voltam para a África do Sul. Torço para o Brasil, apesar das discordâncias fervorosas com o Dunga. Mas meu coração futebolístico também bate forte pela Holanda.
É curioso. Não vejo ninguém detestar a Holanda. Ela é respeitada e querida por quem gosta de futebol. Guardadas as devidas proporções, a Holanda é como o América para os torcedores cariocas: o segundo time de todo mundo que não é, obviamente, holandês.
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