sábado, 5 de junho de 2010

Sobre cachorras e poetas


Estive ontem à noite na Livraria Argumento para o lançamento de “Mulher Perdigueira”, novo volume de crônicas de Fabrício Carpinejar, editado pela Bertrand Brasil. Aproveitei para comprar também o "www.twitter.com/carpinejar", onde ele reúne em livro os aforismos em 140 caracteres que vem publicando na internet.


Na dedicatória autografada em meu exemplar, ele generosamente escreveu: “Para Leandro, que sabe manejar um verso e atacar. Beijo, Carpinejar”

Agradeço. É bom ter esse reconhecimento de um escritor a quem admiro muito.

Mas, exceto na literatura, para mim, não "quero uma mulher perdigueira, possessiva, que me ligue a cada quinze minutos para contar uma ideia ou uma nova invenção para salvar as finanças, quero uma mulher que ame meus amigos e odeie qualquer amga que se aproxima. Que arda de ciúme imaginário para prevenir o que nem aconteceu. Que seja escandalosa na briga e me amaldiçoe se abandoná-la. Que faça trabalhos em terreiro para me assustar e me banhe de noite com o sal grosso de sua nudez. Que feche meu corpo quando sair de casa, que descosture meu corpo quando voltar. Que brigue pelo meu excesso de compromissos, que me fale barbaridades sob pressão e ternuras delicadíssimas ao despertar. Que peça desculpa depois do desespero e me beije chorando".

Caro, me basta o livro, que ontem mesmo comecei a ler. Prefiro outras raças.

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