segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Não basta limpar. Tem que educar.

Estou a maratonas de distância de ter fôlego olímpico ou físico de atleta. Mas, chuva ou sol, frio ou famigerado calor, caminho os 7,2km da orla da Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos cenários mais embasbacantes desta cidade pródiga em belas paisagens.

A Lagoa vem tendo seu projeto de despoluição patrocinado pelo bilionário Eike Batista, em iniciativa louvável. A olhos vistos, a água está mais clara e as aves voltaram em bandos, o que indica que os peixes também estão lá em grande quantidade.

Vale ressaltar que sempre vejo garis fazendo a limpeza da pista ao redor. Mas ainda me espanto diariamente com a quantidade de lixo que há na água, próxima às margens, boiando ou presa na vegetação. São garrafas pet, sacos plásticos, pacotes de biscoito, copos descartáveis e mais um monte de porcarias. Outro dia, havia uma caixa de isopor boiando. O que leva um filho de uma égua a jogar uma caixa de isopor na Lagoa?!

Este problema não é exclusividade da Lagoa, infelizmente. Padecem do mesmo mal todos os rios urbanos, as lagoas da Zona Oeste e as praias cariocas, sobretudo aquelas dentro da Baía de Guanabara.

Não há dinheiro no mundo que seja suficiente para despoluir qualquer um desses lugares se o Zé Povinho continuar a jogar lixo nas águas. Quando escrevo “Zé Povinho”, friso que isso não tem nada a ver com condição socioeconômica, mas sim com educação e consciência, não importando o saldo da conta bancária.

Não adianta. Na base de tudo está a educação.

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