terça-feira, 21 de junho de 2011

Barrigas e dentes

Conversa informal, mesa do bar, pós-trabalho. Alguns, amigos há tempos. Outros, melhores amigos há dez minutos.


Papo vai, papo vem, ela diz, sem mais, que não gosta de homem sarado. Porque o homem sarado, de abdômen tanquinho, vai cobrar dela que seja sarada também. Muita pressão. Mulher sofre. Ela diz ao meu amigo que prefere um cara com uma barriguinha, para que eles possam tomar uma cervejinha e se divertirem juntos, sem neuras.

Eu mandei avisar que a minha barriga é maior que a do meu amigo. Em vão. Meu sagaz amigo é quem conquista a moça que não gosta de tanquinhos. Diz que o importante é a roupa lavada. E que é melhor usar a máquina.

Horas depois, o destino faz com que meu amigo Brastemp e a moça de franjinha que não gosta de sarados sentem-se lado a lado nas poltronas apertadas da TAM.

Chamaram-no para trocar de lugar. Ele, claro, recusou, usando um argumento racional. Tinha que ficar naquela poltrona porque vai que o avião cai e para identificá-lo, precisam saber que ele estava na poltrona definida no check-in.

Se encontrassem sua arcada dentária, estaria sorrindo.

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