Foto: Leandro Wirz
Eu poupo livros. É uma poupança forçada, é verdade. Ou melhor, é um fundo de previdência. Espero sacá-los da estante quando me aposentar. Creio, realista, que só depois que eu pendurar as chuteiras no trabalho terei tempo para ler todos os volumes que se acumulam. Por certo, na companhia dos livros, meus dias de il dolce far niente não serão tediosos.
Visitando as prateleiras, constato que já há mais livros por ler do que lidos. O que desconheço é muito mais vasto do que aquilo que conheço. E eu continuo comprando aqueles que me interessam e recebendo presentes generosos. Claro que leio alguns, mas é como enxugar gelo ou empurrar pedra morro acima.
Não é o tipo de poupança que tranquiliza à medida que o saldo aumenta. Ao contrário, gera angústia. Não gosto de postergar a vida. Ela é imprevisível. Mas os dias, esses sim, são curtos.
2 comentários:
Conhece a frase do Veríssimo? " Há um momento na vida em que o prazer de comprar livros equivale ao prazxer de lê-los". Assino embaixo. Aqui na minha frente devem ter uns 220 à minha espera.....
Abço
Leandro, acho q nossas bibliotecas sao gêmeas...descendam hj para trabalhar qd descansarmos! Bjs
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