A mídia tem incessantemente lembrado a todos que, neste ano, a bossa nova, “orgulho nacional”, completa 50 anos.
Falando francamente, eu comemorei mesmo foi em 2004, quando fez 50 anos que um certo topetudo rebolativo estava em um estúdio em Memphis, Tennessee, e começou a brincar em cima de uma velha canção, chamada That’s all right, Mamma! O dono do estúdio, sujeito de visão, interrompeu a brincadeira do cantor, do baixista e do guitarrista e perguntou: “O que vocês estão fazendo?!” “Nada, estamos só brincando.”, foi a resposta. “Seja lá o que for, dêem um jeito de voltar ao início e vamos gravar!” O nome do topetudo era Elvis Presley e essa gravação é o marco zero do rock’n’roll.
Tem certos assuntos sobre os quais o patrulhamento não permite que se fale mal no Brasil de hoje. Por exemplo, Lula e João Gilberto. Ou seja, alguns me considerarão um herege, merecedor das fogueiras da Inquisição. Devo lembrá-los de que este é um país livre.
Eu realmente não entendo porque João Gilberto é tão incensado, venerado, adulado. A reclusão de pseudo-gênio, o mau-humor, a obsessão nas passagens de som, e principalmente a chatice daquela música de ninar cantada com voz pequena. Eu prefiro violão sem banquinho. O “banquinho” agora é o Itaú, que tem patrocinado as comemorações da bossa nova e se proclamado o banco que apóia a cultura brasileira.
Lobão, músico e apresentador da MTV, diverte-se com seu próprio personagem, o qual parece levar a sério. Adora criar polêmicas. Aliás, Lobão e polêmica é pleonasmo. Ele está longe de ser meu guru em qualquer assunto. Mas é dele a melhor definição de bossa nova que eu já ouvi: “Bossa nova é uma punheta que se toca com pau mole. Não há nenhuma energia naquilo!”
Com todo respeito à genialidade de Tom & Vinicius, é isso aí.
A versão João Gilberto destes anos 2000, em termos de artista superestimado pela mídia, é a banda carioca Los Hermanos. Nada me tira da cabeça que a melhor coisa que eles fizeram foi aquele roquinho teen que hoje os envergonha: Anna Julia. Depois que eles resolveram ser inteligentes, meu Deus!, como ficaram chaaaaaaatttttos. Desconfio que aquele segundo disco deles se chama Bloco do eu sozinho porque ninguém agüenta tanta chatice. Daí, deixam o cara só. Retifico: tem muita gente que não só agüenta, como adora os Los Barbudos, digo, Hermanos. Vide o show despedida, com uma platéia de devotos, que lotou a Fundição Progresso em junho de 2007 e virou DVD. Felizmente, eles deram um tempo com a banda. Mas como nem tudo é perfeito o vocalista (e bom letrista) Marcelo Camelo lançou seu álbum solo, igualmente chatíssimo.
Hoje eu li que Ivete Sangalo está lançando um disco infantil e o carro-chefe é o Funk do Xixi.
E tive certeza de que o mundo acabou.
Falando francamente, eu comemorei mesmo foi em 2004, quando fez 50 anos que um certo topetudo rebolativo estava em um estúdio em Memphis, Tennessee, e começou a brincar em cima de uma velha canção, chamada That’s all right, Mamma! O dono do estúdio, sujeito de visão, interrompeu a brincadeira do cantor, do baixista e do guitarrista e perguntou: “O que vocês estão fazendo?!” “Nada, estamos só brincando.”, foi a resposta. “Seja lá o que for, dêem um jeito de voltar ao início e vamos gravar!” O nome do topetudo era Elvis Presley e essa gravação é o marco zero do rock’n’roll.
Tem certos assuntos sobre os quais o patrulhamento não permite que se fale mal no Brasil de hoje. Por exemplo, Lula e João Gilberto. Ou seja, alguns me considerarão um herege, merecedor das fogueiras da Inquisição. Devo lembrá-los de que este é um país livre.
Eu realmente não entendo porque João Gilberto é tão incensado, venerado, adulado. A reclusão de pseudo-gênio, o mau-humor, a obsessão nas passagens de som, e principalmente a chatice daquela música de ninar cantada com voz pequena. Eu prefiro violão sem banquinho. O “banquinho” agora é o Itaú, que tem patrocinado as comemorações da bossa nova e se proclamado o banco que apóia a cultura brasileira.
Lobão, músico e apresentador da MTV, diverte-se com seu próprio personagem, o qual parece levar a sério. Adora criar polêmicas. Aliás, Lobão e polêmica é pleonasmo. Ele está longe de ser meu guru em qualquer assunto. Mas é dele a melhor definição de bossa nova que eu já ouvi: “Bossa nova é uma punheta que se toca com pau mole. Não há nenhuma energia naquilo!”
Com todo respeito à genialidade de Tom & Vinicius, é isso aí.
A versão João Gilberto destes anos 2000, em termos de artista superestimado pela mídia, é a banda carioca Los Hermanos. Nada me tira da cabeça que a melhor coisa que eles fizeram foi aquele roquinho teen que hoje os envergonha: Anna Julia. Depois que eles resolveram ser inteligentes, meu Deus!, como ficaram chaaaaaaatttttos. Desconfio que aquele segundo disco deles se chama Bloco do eu sozinho porque ninguém agüenta tanta chatice. Daí, deixam o cara só. Retifico: tem muita gente que não só agüenta, como adora os Los Barbudos, digo, Hermanos. Vide o show despedida, com uma platéia de devotos, que lotou a Fundição Progresso em junho de 2007 e virou DVD. Felizmente, eles deram um tempo com a banda. Mas como nem tudo é perfeito o vocalista (e bom letrista) Marcelo Camelo lançou seu álbum solo, igualmente chatíssimo.
Hoje eu li que Ivete Sangalo está lançando um disco infantil e o carro-chefe é o Funk do Xixi.
E tive certeza de que o mundo acabou.