quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Pegabilidade




Paulo Paniago, escritor e blogueiro (vejam aatimo, desaforismos e desabusado no blogroll aí ao lado) contou que recentemente começou a fazer aulas de dança de salão. Logo na primeira aula, o professou o mandou conduzir a parceira.

Aulas de dança nos ensinam a ser homens.

Calma, feministas de plantão, mas eu acho que é do homem o papel de conduzir na pista de dança e em várias outras situações da vida. Não estou falando de homem mandão nem de mulher submissa. Estou apenas dizendo let a man be a man, and a woman be a woman. O que exatamente isso significa, é ajuste entre cada casal. Mas homem tem que saber tocar uma mulher, no equilíbrio entre virilidade e gentileza.

Outro grande amigo já fez dança de salão. Eu deveria, até para corrigir este molejo germânico que herdei. Esse meu amigo, G. (não confundir com o ponto homônimo), me surpreendeu quando disse que estava fazendo aulas de dança de salão e de culinária. É que, a princípio, essas atividades não combinavam com ele. Mas ele gostou tanto que, depois, fez extensão para sushiman.

E então ele me apresentou o conceito que havia criado e que revolucionou a minha vida: o de pegabilidade. Fazer dança de salão e de culinária aumentam o seu grau de pegabilidade. Grosso modo, o seu potencial para pegar mulher. Elas costumam gostar de homens que não pisam em seus pés e lhes servem um vinho enquanto preparam um jantar só para os dois.

Se você já é casado, matricule-se mesmo assim. Mulher precisa ser reconquistada diariamente.


ps .: a foto que ilustra este texto é a de uma cena antológica do filme Perfume de Mulher, em que Al Pacino dança um tango e demonstra como é que um homem faz para aumentar a sua pegabilidade.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Rock 'n 'Richards


Keith Richards. Desenho de Sebastian Kruger.


Se o rock’n’roll pudesse ser personificado, para mim, ele seria Keith Richards, o lendário guitarrista dos Rolling Stones.

Pois eis que hoje li notícia de que o doidão de carteirinha, aos 66 anos, está há quatro meses sem beber. A decisão foi motivada por recomendações médicas e também por ver a vida de seu companheiro de banda Ronnie Wood afundar devido ao alcoolismo. Bem, Richards já viu coisas muito piores – inclusive dentro dos Stones – e ele não me parece o tipo de cara que se impressiona facilmente.

Longe de mim fazer apologia de uma doença devastadora como o alcoolismo, mas ver Keith Richards abstêmio é, no mínimo, inusitado. Afinal, o cara sempre foi um reservatório ambulante de álcool, drogas e cigarros. Sua sobrevivência até hoje – em condições até razoáveis, dados os excessos – devia ser estudada pela ciência.

Ex-viciado em heroína, Richards declarou em 2006 que havia parado também com as outras drogas. “- Eu realmente acho que a qualidade das drogas caiu”, foi como ele justificou na ocasião.

Foi mais ou menos nessa época que ele disse – e depois o empresário desdisse – ter cheirado as cinzas do próprio pai, misturadas à cocaína, como forma de homenagear o velho. Antropofágico, à sua maneira.

Com ou sem álcool, vida longa ao rock, vida longa ao Keith. E que, sóbrio, ele não vire Rod Stewart.

Cheers!

domingo, 24 de janeiro de 2010

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

“O mundo é bão, Sebastião”

Ontem, foi feriado no Rio. (Invejem-nos). Dia de São Sebastião, padroeiro da cidade. Aliás, esta é uma boa utilidade do catolicismo: prover feriados.

Deu praia. Maior praião. Céu sem uma nuvem. Estava 39ºC na areia e a água do mar estava quente para os padrões cariocas, 26ºC.

Ou seja, era frito ou cozido.

domingo, 17 de janeiro de 2010

Não tenho todo o tempo do mundo




Semana passada, o ator Antonio Fagundes estreou o monólogo “Restos” no Rio de Janeiro. Ao longo da semana, toda a mídia fez questão de divulgar que o espetáculo começa rigorosamente no horário e ninguém – nem o papa – entra depois de iniciada a sessão. Até o baleiro do teatro anuncia em altos brados aos descansados na bombonniere para se apressarem para não ficarem de fora.

Na última quinta-feira, onze atrasildos foram barrados no baile. Se há uma razão para eu admirar Antonio Fagundes, é sua obstinada cruzada em prol da pontualidade.

Recentemente, assisti a “Quidam”, o espetáculo do Cirque Du Soleil que cumpre temporada no Brasil. Também começa no horário. Interessante observar que sem campainha, sem locução no alto-falante – não é preciso aviso, a hora estava previamente marcada - dois artistas entram silenciosamente em cena, circulam pela platéia e vão assim impondo o silêncio e a acomodação dos retardatários que buscam seus lugares e tagarelam. Nos outros dois espetáculos da companhia a que assisti, “Saltimbanco” e “Alegria”, aconteceu da mesma forma.

Justiça seja feita, o Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), ilha de civilidade, também prima há 20 anos pela pontualidade em seus espetáculos. Quase britanicamente.

Mas não é só nos palcos que a pontualidade deveria ser a regra. No dia a dia também. Nos encontros, nas reuniões, nos vôos, nas consultas médicas. Se não para dá prever todos os imprevistos ou o caos do trânsito, saia de casa mais cedo. (Quando eu vivi em Brasília o trânsito era mais fácil do que é hoje. Bons tempos em que eu levava invariavelmente sete minutos para chegar ao trabalho. O tempo de um cigarro e duas músicas do CD-player do carro).

Minha mãe é suíça. E honra a tradição dos relógios fabricados naquele país. Fui criado assim. Antes de tudo, pontualidade é respeito e educação.

T. e eu estávamos saindo juntos há quase um mês, com encontros diários. Eu sempre chegava para apanhá-la na hora combinada. Se fosse um pouco antes, esperava o relógio marcar em ponto para tocar o interfone. Uma noite, ela me telefonou para se desculpar e dizer que se atrasaria por quinze minutos. Este foi mais um dos motivos pelos quais eu me apaixonei por ela e estamos juntos há mais quatro anos. Respeito mútuo ao tempo.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Vai um curry aí?

Eu me amarro na série House. Nesta semana, assisti ao episódio “Falha de comunicação”, em que ele tenta diagnosticar o problema de fala (afasia) de um jornalista brilhante. Eu chapei no seguinte diálogo, entre House e sua ex-mulher:

Stacy: our relationship’s like an addiction. It’s like…

House: really good drugs?

Stacy: no, it’s like vindaloo curry

House: okay, sure

Stacy: really, really hot indian curry they make with red chili peppers

House: I know what it is. Didn’t think it was addictive

Stacy: you’re abrasive and annoying, and you come on way too strong. Like vindaloo curry. And when you’re crazy about curry, that’s fine. But no matter how much you love curry, you have too much of it, it takes the roof of your mouth off. And then you never want to see curry for a really, really long time. but you wake up one day and you think 'God, I really miss curry'.
You know what Woody Allen said about relationships? Irrational and crazy, but we go through it all because…
…we need the curry.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Entre o F e o H



Desde que, há uns dias, cientistas britânicos afirmaram que o ponto G não passava de placebo erógeno, o dito cujo saiu dos seus recônditos cavernosos e ganhou visibilidade.

Virou assunto feito último capítulo de novela das nove. Foi debatido em cadernos de jornais, em universidades, em bares, cultos, coiffeurs, e até entre quatro paredes.

Nos puteiros, ele nunca foi procurado, mas esteve sempre presente nos gozos teatrais das moças, entre gemidos e elogios para afagar o ego dos clientes.

Teve gente que disse que nunca acreditou no conceito. Teve quem disse que o ponto G está na carteira do parceiro. Ou apenas na fértil imaginação feminina. Que ele virou desculpa para gozo xoxo ou explicação para mega orgasmo. Coelho na cartola para se dizer satisfeita ou insatisfeita na cama. Teve colunista que lançou a campanha: “Ponto G: eu acredito.”

Parece até que a Operação Lei Seca atrapalha a vida do ponto G. É que sem a cuba libre da coragem fica mais difícil ele vencer a timidez e se mostrar.

Os escritores Arnaldo Bloch e Joaquim Ferreira dos Santos, que são mais sensíveis e inteligentes do que eu, publicaram, respectivamente, “O X do ponto G” e “É o ponto I”, crônicas boas para chegar ao ponto G das amantes das letras.

Eu fiz enquete com algumas amigas mais desinibidas e elas me garantiram que o G existe, sim, fica ali entre o F de foda e o H de homem. Mas que ele não dá as caras sempre, não. Assim como o Papai Noel e o Coelhinho da Páscoa, o Garoto só aparece em ocasiões especiais.

Eu não sei. Não tenho opinião formada. E não estou a fim de ficar teorizando sobre a matéria.

Vamos.



ps.: Hoje, outros cientistas, também britânicos, da respeitável Universidade de Oxford, publicaram estudo no qual afirmam que quadril e bumbum grandes protegem as mulheres contra o infarto. É o triunfo das popozudas sob as esquálidas top models. Esses ingleses...

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Minha deusa




Leia o poema. Entenda. (Ou não). Interprete. Imagine. (Re)Crie. Viaje nas possibilidades de significados. E,se quiser, me conte.

"A uma deuza

Tu és o quelso do pental ganírio
saltando as rimpas do fermim calério,
carpindo as taipas do furor salírio
nos rúbios calos do pijón sidério.

És o bartólio do bocal empírio.
Que ruge e passa no festão sitério,
em ticoteio de partano estírio,
rompendo as gambas do hartomogenério.

Teus lindos olhos, que têm barlacantes,
são camensúrias que carquejam lantes
nas duras péleas do pegal balônio;

são carmentórios de um carcê metálico,
de lúrias peles, em que buza o bálico
em vertimbáceas do cental perônio."

Luiz Lisboa


ps.: para ilustrar este texto de um antigo poeta, escolhi resgatar a capa de um disco da cantora Rosana, que fez muito sucesso nos anos 1980 com o hit brega "O amor e o poder", aquele do refrão  "Como uma deusa...". Lembram?

ps.: agradeço ao velho companheiro Cadu Ocáriz, também poeta, que me enviou esta pérola.

domingo, 10 de janeiro de 2010

Avatar é um ácido



Avatar é um ácido. Especialmente em sua versão 3D (futuro irreversível do cinema?), o filme pode ser comparado a uma viagem lisérgica. Só que das boas. O visual cuidadosamente elaborado impressiona e transporta para o mundo imaginário dos Navi. Avatar é espetacular. No sentido estético, grandioso, de banquete para os olhos. É ótimo entretenimento.

O roteiro, no entanto, é a clássica história americana. A cavalaria do General Custer está lá, só que agora em versão intergaláctica. Os índios pele-vermelhas - Navajos, Moicanos, Sioux, Cherokees - agora são pele-azul, os Navi.

O John Smith da vez chama-se Jake Sully e se apaixona, claro, por sua Pocahontas, a filha do líder dos Navi. Óbvio que ela estava prometida para o melhor guerreiro até se apaixonar pelo forasteiro. Tem o ganancioso inescrupuloso, assessorado pelo militar veterano que só goza com a guerra. Tem os cientistas e humanistas que querem conhecer, interagir e preservar os outros povos e o meio-ambiente. Tem o herói solitário, errático até se encontrar em um amor e uma causa. E por aí vai, na sucessão de clichês que vai da caracterização dos personagens e passa por cada conflito e sua respectiva solução. Tudo é previsível no roteiro. Exceto o visual, este sim, de embasbacar.

Outra novidade, mas nem tão nova assim, é o discurso ambientalista, que se impõe cada vez mais nos anos iniciais deste século, e é forte no filme. Os humanos (homens brancos dos filmes de faroste) têm uma uma relaçao extrativista e predatória dos recursos naturais, enquanto os Navi são um povo da floresta, sábio, porém bicho-grilo total. We all are one (como no slogan do Hard Rock Café). Todos os seres se conectam entre si e com a Mãe Natureza. No filme, literalmente, pelos cabelos.

Drogas são nocivas. Ácido faz mal (aquele papo do Timothy Leary sobre abrir portas da percepção era furado). Mas Avatar faz muito bem, porque diverte e deslumbra, sem efeitos colaterais. E é imperdível.


ps.: Aliás, quase no final do filme, na cena em que Jake Sully...(não vou contar aqui, né?), aparece no canto inferior esquerdo da tela uma data no ano 2154. É o meu aniversário.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Na cama com Camus




O escritor franco-argelino Albert Camus disse, certa vez, algo próximo a isso: toda filosofia deriva de uma escolha primordial, básica, feita todos os dias. A escolha entre viver e morrer. A partir daí é que surgem as outras questões.

Acredito eu, que decidida a parada a favor da vida, a prioridade do dia– dos machos, diga-se, porque as mulheres têm outras – passa a ser a busca por sexo.

Se o cara aí do seu lado disser que não é bem assim, pode acreditar. Ele estará mentindo. Diplomaticamente. Só pra te pegar...

Foi também o intelectual Camus quem, um tanto embaraçado, confessou que trocaria dez encontros com Einstein por uma noite com uma mulher bonita.

Outro dia, conversando com uma amiga, afirmei, para provocar, que se espremermos bem, o que um homem quer de uma mulher são, na essência, duas coisas: sexo e que ela não encha o saco.

Ela retrucou, com certa resignação e desapontamento: “- Em suma, uma puta.”

Não é bem assim...

Mudando de assunto, mas nem tanto, quando, há alguns anos, desbarataram uma rede de prostituição de altíssimo luxo em Los Angeles, o nome do ator Jack Nicholson figurava entre os clientes mais assíduos.

Questionado sobre as razões por que um homem charmoso, rico e famoso precisava pagar para ter sexo, Nicholson respondeu de forma memorável:

- “Eu não pago para fazer sexo com elas. Pago para que elas vão embora depois.”

A mercadoria preferencial não é o sexo. É a paz.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Endógena

Circulava eu pela Adidas no Shopping Leblon, matando tempo e buscando alguma promoção interessante, quando me deparei com um grande painel no interior da loja, onde estava escrito:

“Autoconfiança vem de dentro”.

Ora, pois. Sendo “auto”, de onde mais ela viria?! De fora?! Do céu?!

Sei não, mas esses caras estão precisando exercitar os neurônios. Olhando assim, de fora, não dá para confiar em quem escreve um troço desses.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O que rola





Enfim, aderi ao Twitter. Inevitável. E o que vou fazer lá? Exercitar meu poder de síntese e nos regulamentares 140 caracteres espalhar versos soltos, aforismos, frases de efeito, truísmos tortos, comentários oportunos, piadinhas, poeminhas, microcontos, e, claro, anunciar textos novos lançados neste mar de coisa ou publicados no meu blog de poemas, o leandrowirz.blogspot.com

Então, me acompanha lá também.

Eu sou novela.

Frank Sinatra, "The voice", estava sempre acompanhado de um cigarro. Certa vez, respondendo aos malas da patrulha anti-tabagista que já havia em outras épocas, declarou que iria "parar de fumar...no banho".

Bem, eu não vou tuitar como Sinatra fumava.

Falando nisso, estou há três reveillons sem fumar. Não sei se suporto outros três assim. Diariamente, sinto saudades do meu melhor amigo. Ainda que ele seja um Judas.

Sem cigarro, sinto-me quase uma contradição. A pessoa que eu sou fuma.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Beatty: the beauty, the beast, the best



Nem Lula, nem Romário. O cara é Warren Beatty. De acordo com sua recém-lançada biografia, o ator teve relações sexuais com 12.775 mulheres. Em "Star: How Warren Beatty Seduced America" ("Estrela: Como Warren Beatty seduziu a América"), publicado pela editora Simon & Schuster, o escritor Peter Biskind chegou ao astronômico número baseado em "simples aritmética".

Em entrevista ao New York Post, Biskind explica que o astro teria ido para a cama com "12.775 mulheres, mais ou menos, um número que não inclui rapidinhas diurnas, sexo feito às pressas, amassos casuais, beijos roubados ou coisas do tipo". Caraca, se incluísse, para quanto iria este número?

No livro, Beatty relata que iniciou tarde a sua vida sexual, perto dos 20 anos. Mas, de certo, correu atrás do tempo perdido. Vamos recorrer à matemática: Beatty tem hoje 72 anos e começou a transar aos 19. O que dá 53 anos de vida útil. Considerando que em 1991 ele se casou com a atriz Annette Bening, com quem está até hoje, vamos supor que ele tenha se aposentado. Até porque, caso contrário, a pobrezinha será a maior corna do planeta. Então, excluímos os anos dezoito anos do casamento. Agora, a vida ativa do garanhão passou para 35 anos.

12.775 mulheres em 35 anos dá a média exata de 365 mulheres por ano. Ou seja, uma por dia. Ah, assim é mole!

Quer dizer, “mole” não é bem palavra. Mas uma por dia até eu, que sou mais bobo, mais feio e muito mais pobre, consigo.

Mas o cara conseguiu não uma transa por dia, mas uma mulher diferente por dia, durante 35 anos e sem figurinha repetida.

Aprende, Zé Mayer.

Não há macho que não se sinta um zero à esquerda diante dos números do senhor Beatty. Repetindo exaustivamente, até me convencer, que o que importa é a qualidade e não a quantidade, caminho cabisbaixo até o Boteco do Peba, que fica muito bem localizado em frente ao cemitério São João Batista.

Eis que algumas pingas depois, eu estou curioso mesmo é pelo borogodó da dona Annette. Porque se ela conseguiu domesticar o cabra, ela deve ser muito boa de serviço. Tipo posição inicial é o Globo da Morte!



ps.: O escritor Arthur Dapieve completa, por e-mail: "Essa marca invejável do Beatty explica porque ele nunca fez nenhum grande filme: estava muito ocupado para isso."

Boris caga

Nos estertores de 2009, o veterano jornalista Boris Casoy, âncora do Jornal da Band, fez a maior cagada ao final da edição de 31 de dezembro do telejornal.

Após passar um vídeo com garis desejando feliz ano novo e enquanto na tela passava a vinheta de encerramento do jornal, Casoy descuidou-se com o áudio aberto e falou ao vivo em rede nacional: “- Que merda: dois lixeiros desejando felicidades do alto das suas vassouras… Dois lixeiros, o mais baixo na escala de trabalho”.

No dia seguinte, admitindo que disse “uma frase infeliz”, o âncora pediu desculpas aos garis e aos telespectadores. Frase infeliz?! Só isso?!

Autor do célebre bordão “Isto é uma vergonha!”, pronunciado sempre de forma enfática, foi Casoy quem desta vez envergonhou seus colegas jornalistas. Lamentável e revoltante.

domingo, 3 de janeiro de 2010

Ctrl+C, Ctrl+V



Final de ano, a gente recebe um monte de mensagens de amigos verdadeiros, outros nem tão amigos assim, colegas, malas e empresas. Em meio a clichês e repetições dá para garimpar preciosidades. Algumas nos tocam em função de quem as enviou; outras porque são sinceras e não apenas diplomáticas; e outras nos tocam pelo teor.

E desse último grupo, pincei algumas para compartilhar:

“... que você tenha forças para trilhar o caminho do bem e desapegue-se de tudo que não serve a sua felicidade.”
(Desapegar-se de coisas, situações, vícios, pessoas, relações e erros recorrentes, é necessidade e arte.)

“Um ano de amores, mucha plata e coisitas supérfluas essenciais.”
(Sim, eu sou daqueles que não dispenso o supérfluo. Sou do circo, não do pão.)

“Que 2010 venha cheio de boas surpresas e novas chances de felicidade e vc aproveite todas!”
(Novas chances, a gente merece.)

“Que seja um ano generoso. Que o amor invada nossas vidas. Que tenhamos paz. Que realizemos sonhos. Que o planeta seja respeitado. Que a vida seja um prazer diário. Que sejamos felizes.”
(Essa entrou na lista pela consciência ecológica, pela busca permanente do prazer e pelo empenho do amigo que teclou esta mensagem longa no SMS.)

Bem, é isso. É isso tudo aí. Fiz esse Ctrl+C, Ctrl+V de mensagens que foram mais originais do que a média e, paradoxalmente, não fui nada original. Tem horas que não precisa.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Sobre o tempo



Recebi do amigo cronista Marcelo Torres (vide minha lista de blogs indicados, aí à direita) e replico - não apenas por serem oportunas, mas principalmente por serem belas e sábias - essas palavras simples do poeta...

"A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê, perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê, já passaram-se 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado.
Se me fosse dado, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando, pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.
Desta forma, eu digo:
Não deixe de fazer algo que gosta, devido à falta de tempo, pois a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não voltará mais."

Mário Quintana