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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Não basta limpar. Tem que educar.

Estou a maratonas de distância de ter fôlego olímpico ou físico de atleta. Mas, chuva ou sol, frio ou famigerado calor, caminho os 7,2km da orla da Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos cenários mais embasbacantes desta cidade pródiga em belas paisagens.

A Lagoa vem tendo seu projeto de despoluição patrocinado pelo bilionário Eike Batista, em iniciativa louvável. A olhos vistos, a água está mais clara e as aves voltaram em bandos, o que indica que os peixes também estão lá em grande quantidade.

Vale ressaltar que sempre vejo garis fazendo a limpeza da pista ao redor. Mas ainda me espanto diariamente com a quantidade de lixo que há na água, próxima às margens, boiando ou presa na vegetação. São garrafas pet, sacos plásticos, pacotes de biscoito, copos descartáveis e mais um monte de porcarias. Outro dia, havia uma caixa de isopor boiando. O que leva um filho de uma égua a jogar uma caixa de isopor na Lagoa?!

Este problema não é exclusividade da Lagoa, infelizmente. Padecem do mesmo mal todos os rios urbanos, as lagoas da Zona Oeste e as praias cariocas, sobretudo aquelas dentro da Baía de Guanabara.

Não há dinheiro no mundo que seja suficiente para despoluir qualquer um desses lugares se o Zé Povinho continuar a jogar lixo nas águas. Quando escrevo “Zé Povinho”, friso que isso não tem nada a ver com condição socioeconômica, mas sim com educação e consciência, não importando o saldo da conta bancária.

Não adianta. Na base de tudo está a educação.

domingo, 13 de setembro de 2009

Cansado de gostar



Costumo ir à praia pedalando e não me canso de admirar a beleza da Lagoa e da orla Arpoador-Ipanema-Leblon. Sempre penso: o Rio é bonito pra cacete!

Hoje, na volta da praia, uns idiotas haviam estacionado dois carros bloqueando a ciclovia no Jardim de Alah. Tive vontade de deixar seus carros arranhados à chave com a palavra “ciclovia” para que aprendessem a respeitar. Mas respirei, contei até dez, xinguei-os e segui adiante, desviando. Mas outros ciclistas não foram tão tolerantes e fizeram pequenos arranhões e amassos nos veículos estacionados em local proibido.

Ao chegar na Lagoa, encontro uma adolescente aos prantos, recém-assaltada, sendo consolada por uma senhora.

Mais adiante, já próximo ao Rebouças, passa um ônibus lotado, com alguns rapazes com o torso estendido para fora das janelas. Um deles diverte-se apontado o braço para os pedestres e imitando o som e o movimento de tiros. Outro, fica “apenas” xingando as pessoas nas ruas.

Ai, ai. Civilização e barbárie. O Rio já não é mais tão bonito.

E para mim não funcionam os versos da música popular, gravada pelo grupo Calcinha Preta, sucesso na trilha da última novela das nove: “Você não vale nada, mas eu gosto de você!”.

Cansa gostar de quem não vale.