quinta-feira, 14 de abril de 2011

Credo

“Respeite os seus desejos: o menor desejo de um homem deve ser atendido o mais depressa possível. Ouviram bem, meninas?


Melhor se arrepender de ter feito: diante de uma dúvida, não fazer é uma atitude do século XIX. Chama-se cautela. Uma atitude careta, por assim dizer.

Liberdade: não há nada que um homem deseje mais e não há nada de que ele tenha mais medo. Um homem é responsável por todos os seus atos.

Terminar tudo aquilo começa: é o segredo, que ninguém nos ouça, da produtividade e, portanto, da riqueza. Somente terminando o que você começou é que você vê se era uma merda ou uma maravilha.

Livre-se da culpa: ninguém pode te culpar de nada. De ser vagabundo, galinha, egoísta ou mal comportado. Você é inocente. Inocente por ausência de uma intenção culposa.

Viva cada dia como se fosse o último: não é ficar pensando na morte. É prezar a vida. Saber de todos os prazeres que ela pode dar e aproveitá-los gulosamente.

Tudo é sexo: esqueça a pornografia. É o mito de que é possível trepar indiferentemente. Se existe algo na vida que desperta sentimentos modificadores, isto é o sexo.

Um homem deve ser maior do que o seu sofrimento: o importante é amar a vida. O mundo é uma beleza. Se eu não tivesse o mundo dentro de mim, eu ficaria cego quando abrisse os olhos.”


Estes são os oito mandamentos do dramaturgo Domingos de Oliveira, publicados hoje no jornal O Globo.

Domingos é o meu pastor e nada me faltará.

Um comentário:

Anônimo disse...

amém.
paulo paniago