sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Século 21

Acima, o WTC/Ground Zero e o interior da loja Century 21. Fotos:Leandro Wirz

Mês passado, quando estive em Nova York, fui ao Ground Zero, o lugar onde outrora estiveram as imponentes torres gêmeas do World Trade Center e que hoje é um imenso canteiro de obras.

A sensação de estar onde tão recentemente se escreveu um capítulo trágico da História é perturbadora. Por um instante, lembrar da perplexidade e do horror diante das cenas que a TV exibia ao vivo. E me comover ao pensar em todas as pessoas assassinadas ali, pela barbárie injustificável do terrorismo. Há um sentimento de ausência ali. E é doído.

O 11 de setembro é uma ferida que não cicatriza para os americanos. A dor intensa, o compromisso de não esquecer os fatos e as vítimas, e o desejo orgulhoso de superação coexistem.
A despeito do calendário, foi naquele fatídico dia de 2001 que, de fato, começou este século. O ataque e suas consequências determinaram tantas mudanças no mundo que pode ser considerado, do ponto de vista histórico, o marco zero do século XXI.

Por um irônico acaso, basta atravessar a rua para entrar na Century 21, mega loja de departamentos outlet em que as pessoas freneticamente se dedicam ao consumo.

O consumo é um poderoso antidepressivo.

Um comentário:

Celso Cavalcanti disse...

É, Leandro, o buraco das ex-torres gêmeas é mesmo doído. Como também é doloroso ver as imagens de crianças, idosos, mulheres e homens muçulmanos chorando sobre escombros, diariamente, seus inúmeros inocentes assassinados por bombas e mísseis norte-americanos. É aquela velha história: quem semeia ventos colhe tempestade.