
Eu tenho um lado mulherzinha. Lésbico, obviamente. Mas este lado me faz gostar muito de comédias românticas. É assim desde que me apaixonei pela Meg Ryan fingindo um orgasmo em Harry & Sally. E teve outras: Daryl Hannah em Splash, Uma Sereia em Minha Vida e em Roxanne; Demi Moore, em No Small Affair e em Sobre Ontem à Noite, e a então mais linda de todas, Robin Wright (hoje, senhora Sean Penn), em A Princesa Prometida.
Além disso, sempre foi mais fácil elas aceitarem o convite para assistir Um Linda Mulher do que outras obras-primas do cinema, como Rambo III, por exemplo.
Dito isso, fui assistir a Ele Não Está Tão a Fim de Você. Um filme que tem a sempre perfeitinha Jennifer Aniston e a cada vez mais sexy Scarlett Johansson já justificaria a ida à sala escura.
O filme é sobre encontros e desencontros amorosos, tema eterno, e é recheado de personagens arquetípicos. Tem a mulher muito carente e obsessiva, que tenta interpretar o que os homens pensam e dizem e fica esperando a famosa ligação no dia seguinte. Tem o cara que faz o papel de oráculo, objetivamente ajudando-a compreender a mente básica masculina (insondáveis são vocês, meninas). Tem a mulher casada que pensa na reforma da casa, mas esquece que a casa cai quando falta sexo. Tem o marido imaturo e cafa que hesita, mas pula a cerca em busca de sexo. Tem o gente boa, legal pra caramba, que quer um relacionamento sério, mas que é chaaaaato, como costumam ser os bonzinhos. Tem a romântica que procura parceiros pela Internet e é rejeitada em todas as tecnologias possíveis. Tem a mulher que mora junto, mas quer casar de papel passado, véu e grinalda. Tem o apaixonado companheiro que não quer oficializar a união.
Com esta galeria de personagens se cruzando (duplo sentido), o filme transcorre raso, doce e engraçadinho como convém ao gênero. Roteiro bem costurado, texto leve e bom. Ótimo entretenimento.
Algumas amigas me indicaram o filme, dizendo que viram muito de mim no personagem que faz a função de oráculo. Felizmente, segundo elas, eu seria uma versão mais sutil do cara que diz pérolas sensíveis do tipo: “Eu gosto de você como gosto de um basset hound”. Mas é dele uma das frases mais sábias do filme: “Por que vocês mulheres têm a mania de destrinchar o que falamos e ficam criando histórias?!” Normalmente, o que nós falamos é só aquilo que queremos dizer. Não é não. Sim é sim. Sem intenções ocultas e significados subliminares. Exceção feita ao clássico “Eu te ligo”. Essa frase deve ser sempre entendida à moda carioca. Ou seja, não leve a sério. Nem leve a mal.
Eu me identifiquei mais com o personagem do Ben Affleck, excetuando a aversão ao casamento formal. Estou no meu terceiro e último.
Eu saí do cinema com uma dúvida, ao estilo Capitu traiu ou não traiu Bentinho: o cara fumava escondido ou não? Se sim, por que recusou o cigarro no passeio de barco com o amigo? Se não, de quem era aquele maço de cigarros nas roupas dele?
Além disso, sempre foi mais fácil elas aceitarem o convite para assistir Um Linda Mulher do que outras obras-primas do cinema, como Rambo III, por exemplo.
Dito isso, fui assistir a Ele Não Está Tão a Fim de Você. Um filme que tem a sempre perfeitinha Jennifer Aniston e a cada vez mais sexy Scarlett Johansson já justificaria a ida à sala escura.
O filme é sobre encontros e desencontros amorosos, tema eterno, e é recheado de personagens arquetípicos. Tem a mulher muito carente e obsessiva, que tenta interpretar o que os homens pensam e dizem e fica esperando a famosa ligação no dia seguinte. Tem o cara que faz o papel de oráculo, objetivamente ajudando-a compreender a mente básica masculina (insondáveis são vocês, meninas). Tem a mulher casada que pensa na reforma da casa, mas esquece que a casa cai quando falta sexo. Tem o marido imaturo e cafa que hesita, mas pula a cerca em busca de sexo. Tem o gente boa, legal pra caramba, que quer um relacionamento sério, mas que é chaaaaato, como costumam ser os bonzinhos. Tem a romântica que procura parceiros pela Internet e é rejeitada em todas as tecnologias possíveis. Tem a mulher que mora junto, mas quer casar de papel passado, véu e grinalda. Tem o apaixonado companheiro que não quer oficializar a união.
Com esta galeria de personagens se cruzando (duplo sentido), o filme transcorre raso, doce e engraçadinho como convém ao gênero. Roteiro bem costurado, texto leve e bom. Ótimo entretenimento.
Algumas amigas me indicaram o filme, dizendo que viram muito de mim no personagem que faz a função de oráculo. Felizmente, segundo elas, eu seria uma versão mais sutil do cara que diz pérolas sensíveis do tipo: “Eu gosto de você como gosto de um basset hound”. Mas é dele uma das frases mais sábias do filme: “Por que vocês mulheres têm a mania de destrinchar o que falamos e ficam criando histórias?!” Normalmente, o que nós falamos é só aquilo que queremos dizer. Não é não. Sim é sim. Sem intenções ocultas e significados subliminares. Exceção feita ao clássico “Eu te ligo”. Essa frase deve ser sempre entendida à moda carioca. Ou seja, não leve a sério. Nem leve a mal.
Eu me identifiquei mais com o personagem do Ben Affleck, excetuando a aversão ao casamento formal. Estou no meu terceiro e último.
Eu saí do cinema com uma dúvida, ao estilo Capitu traiu ou não traiu Bentinho: o cara fumava escondido ou não? Se sim, por que recusou o cigarro no passeio de barco com o amigo? Se não, de quem era aquele maço de cigarros nas roupas dele?
Cartas para a redação.