Estávamos na sobremesa quando ela contou romanticamente que o primeiro investimento que ela e o marido haviam feito juntos tinha sido implantar um anticoncepcional subcutâneo, de longa duração, no braço.
O que me chamou atenção foi o uso, por ela, da palavra “investimento”. Terá sido simplesmente porque, pela primeira vez, dividiram a conta? Não a conta de um mero jantar, mas de um projeto de longo prazo, como a compra de uma casa, por exemplo. Ou porque estavam juntos investindo na relação?
Sim, não ter filhos pode ser um investimento na relação. No kids, no cats. Um projeto de não-vida pode ser um projeto de vida. Afinal, é preciso que a união tenha raízes muito sólidas, e um desejo convicto de ambos para encarar as mudanças radicais que os filhos trazem.
Filhos muitas vezes mais separam do que unem os pais. Estes facilmente podem passar a ser sócios na criação da prole. Mas, com freqüência, distanciam-se como homem e mulher.
Sobre ter ou não ter filhos, recomendo a crônica “Sábado é dia de ver menor abandonado nos shopping centers”, publicada dia 13 de junho na coluna Rio Acima, assinada por Marcelo Migliaccio no JB.
http://www.jblog.com.br/rioacima.php?itemid=13444
Vale a leitura e a reflexão.
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