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sábado, 18 de setembro de 2010

Deus não tem nada com isso

Primeiro foi aquele pastor evangélico na Flórida, Terry Jones, que ameaçou queimar exemplares do Alcorão em 11/9 em protesto contra a construção de uma mesquita próxima ao Marco Zero, em NY. A mídia equivocadamente se encarregou de dar a um sujeito irrelevante com uma ideia idiota na cabeça toda a notoriedade que ele queria. O assunto ganhou proporções mundiais, incitou a fúria de grupos muçulmanos radicais e poderia ter tido consequências gravíssimas.


Depois, foi um professor de Direito quem fez a coisa errada. Alex Stewart, australiano, ateu, resolveu enrolar tabaco em páginas arrancadas do Alcorão e da Bíblia e fumar para supostamente ver qual é o melhor. Fez um videozinho de 12 minutos e postou a babaquice no You Tube. O vídeo já foi retirado do ar. E o professor também, suspenso por tempo indeterminado pela Universidade de Queensland.

Daí, vem o papa Bento XVI em visita ao Reino Unido e declara: "Nós conseguimos lembrar como a Grã-Bretanha e seus líderes se levantaram contra a tirania nazista que queria erradicar Deus da sociedade e negava nossa humanidade comum a muitos, especialmente os judeus, que eram vistos como indignos de viver. Quando formos refletir sobre as lições sombrias do extremismo ateísta do século 20, nunca nos deixemos esquecer de como a exclusão de Deus, religião e virtude da vida pública leva em última instância a uma visão truncada do homem e da sociedade e, portanto, a uma visão reducionista das pessoas e seus destinos."

Insinuar relação entre ateísmo e nazismo é perverso, porque uma coisa não tem nada a ver com outra. Olhe antes para o seu próprio umbigo papal e lembre-se que o catolicismo produziu barbáries como a Inquisição e tantos outros crimes (in)justificados pela fé.

Religião e virtude nem sempre caminham de mão dadas. A verdade é que existem pessoas idiotas e más em todas as religiões e também entre os ateus. Todas as religiões merecem igual respeito, mas não é a sua religião que torna um indivíduo melhor ou pior. É o caráter.





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Ainda sobre religião e preconceito, a matéria que li sobre o caso do professor australiano o definia com seguinte expressão: “ateu confesso”. Ora bolas, eu conheço “réu confesso”. É preciso confessar ser ateu? Como se fosse algo errado? Você, por acaso, é católico confesso, judeu confesso, evangélico confesso? Ateu. E ponto.